Geração Y enfrenta primeira crise econômica com pessimismo

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Em estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FecomercioSP) mostra que a geração de jovens nascida entre o final da década de 70 e década de 90, conhecida como geração Y ou geração net, deve enfrentar sua primeira crise desde que ingressaram no mercado de trabalho no inicio dos anos 2000.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego caiu de 10,9% em Dezembro de 2003 para 4,3% em Dezembro de 2014. Mas subiu de 4,9% para 6,4% entre Abril do ano passado e Abril deste ano, com a maior alta notada entre os jovens de 18 a 24 anos.

Por um ou dois anos a economia do país precisará passar por ajustes recessivos, e isso trará impactos negativos na atividade econômica que irá refletir no mercado de trabalho.

Essa geração que enfrentar pela primeira vez uma piora significativa nas condições de emprego desde que entraram no mercado de trabalho, se mostram menos confiantes em relação ao futuro do que a geração X, que entrou no mercado de trabalho entre os anos 80 e 90, e é formada pelos nascidos entre as décadas de 60 e 70.

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Uma comparação feita pelo ICEA (Índice das Condições Econômicas Atuais) e o IEC (Índice de Expectativas do Consumidor) mostra que a geração X era relativamente otimista em relação ao momento e ao futuro mesmo em época de crise, já a geração Y enxerga o quadro atual e o futuro com as mesmas perspectivas, isso pode ser reflexo da ansiedade que é característica dessa geração, que teria dificuldade de diferenciar o presente e o futuro.

Essa ansiedade se reflete em uma grande rotatividade no emprego, que pode significar que em busca de um rápido crescimento e melhores oportunidades os jovens procuram sempre mudar. O cenário, entretanto, mudou entre 2014 e 2015, depois que o número de vagas diminuiu e a taxa de desemprego voltou a subir.

Outra possível explicação pode estar ligada ao desenvolvimento econômico do país nos últimos anos, em que a geração passada acreditava em um futuro melhor do que o dos pais.
Fonte: Assessoria