Pesquisa aponta que CEOs brasileiros estão mais otimistas, porém ainda preocupados

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Quase a totalidade (96%) dos CEOs das empresas brasileiras entrevistados pela KPMG espera o crescimento da economia nacional nos próximos 12 meses e a mesma proporção está confiante no desempenho da companhia que preside, resultado bem acima do que o obtido na pesquisa do ano passado (68% e 56%, respectivamente). Entretanto, no atual levantamento, um dos grandes temores das lideranças (66% dos depoentes) é que sejam obrigadas a repassar os custos da alta da inflação aos clientes, hipótese essa que sequer foi mencionada em 2016. Os dados constam na pesquisa “CEO Outlook 2017” que entrevistou 50 CEOs no Brasil e 1.300 no mundo.

O estudo deste ano apontou ainda que 58% dos entrevistados temem o aumento da inflação; 84%, a elevação da taxa de impostos; e 30%, o aumento da taxa de juros.

“A preocupação dos CEOs com a inflação não coincide com as análises do Banco Central, do Copom e do próprio mercado financeiro, que projetam queda do IPCA. Então, o que se pode inferir da cautela dos executivos quanto à questão inflacionária é que persiste a preocupação relativa à estabilidade política do Brasil, cuja oscilação pode impactar itens como a desvalorização da moeda e taxa de câmbio”, afirma o presidente da KPMG no Brasil, Pedro Melo. “Mas, não podemos deixar de destacar o otimismo dos CEOs que vislumbram crescimento para os próximos meses. Isso pode ser creditado à confiança que os executivos têm nos modelos de negócios utilizados”, completa Melo.

Com relação às perspectivas para o Brasil nos próximos três anos, a maioria dos CEOs (96%) também diz estar confiante. É uma conclusão bem distante da que se observou no exercício anterior, quando 76% acreditavam na retomada do nível de atividade. Quanto ao crescimento global este ano, 96% também confiam no avanço. Em 2016, este índice foi de 46%.

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O levantamento indicou que 96% dos entrevistados brasileiros estão confiantes na expansão da companhia que dirigem contra 52% registrados pela pesquisa anterior. A estimativa, para 76% dos CEOs, é que esse índice varie entre 0,01 e 1,99% ao ano. Voltando os olhos para o setor no qual estão inseridos, 68% dizem-se confiantes na expansão – em 2016 eram 44%.

Fonte: KPMG no Brasil