31° Bienal de Arte de São Paulo

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Como falar de coisas que não existem. Este é o tema da 31° Bienal de São Paulo, que abre espaço para um olhar renovado sobre seu prédio e sua história, numa proposta que deixa um pouco de lado a herança modernista em prol de novas abordagens e considerações.

Realizada em uma das maiores metrópoles do mundo, a Bienal atrai mais de 500 mil pessoas e segue cada vez mais comprometida com o meio cultural e social ao seu redor. Por ser um programa itinerante, a Bienal passa por diferentes cidades brasileiras levando as últimas edições da mostra a um público cada vez mais amplo e, neste ano, tem o potencial de dobrar o número de espectadores, fazendo com que a 31ª alcance 1 milhão pessoas.

Projetos, obras, arquitetura e participantes

A parte expositiva da 31ª Bienal conterá mais de 70 projetos, cerca de 100 participantes e 250 trabalhos. Mais da metade dos projetos foram feitos especificamente para esta Bienal, muitos por artistas internacionais que produziram trabalho em residência na cidade de São Paulo e a partir de viagens pelo Brasil.

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Arquitetura: o pavilhão dividido

Um aspecto crucial da 31a Bienal é a concepção do Pavilhão Ciccillo Matarazzo dividido em áreas distintas, cada uma com sua própria lógica arquitetônica e qualidades específicas. O andar térreo, chamado de Parque, está aberto à paisagem ao redor para se tornar um espaço para recepção, encontros e eventos, reforçando a dimensão pública da Bienal. A área Rampa adapta-se à verticalidade e à circulação em torno do acesso principal do pavilhão (a rampa), para criar uma série de espaços curvilíneos conectados por uma espiral monumental. Aqui, as obras e projetos são exibidos sem salas fechadas por paredes, e relacionam-se tanto vertical como horizontalmente. Já as Colunas articulam o maior espaço contínuo do pavilhão no segundo piso, dividindo-o em densidades de luz e sombra, ou som e silêncio, que criam uma diversidade de experiências. Uma pequena área central isola proposições artísticas e as três áreas entre si.

Densidades dos trabalhos artísticos

A interpretação da estrutura arquitetônica básica do pavilhão também serve como dispositivo organizacional fundamental na montagem da exposição e na relação entre os projetos. A ideia foi pensar em “densidades” que exploram diferentes aspectos das “coisas que não existem” referidas no título. Estas densidades são construídas ao redor de preocupações comuns aos projetos, criando um sentido de possível interconexão entre lugares e tempos diferentes.

Participantes e projetos: enfrentando o presente

Embora o movimento moderno tenha uma história afetiva e fundamental no Brasil, ele não pode ser exclusivamente representativo de um presente vivo. Os critérios estéticos do modernismo e seu esforço rumo ao progresso não são salientes na 31a Bienal.

Parceria Bienal e SESC

Esta edição consolida a parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e Serviço Social do Comércio, com o objetivo de potencializar a difusão e o fomento à arte contemporânea. As instituições desenvolvem ações em conjunto desde 2010 e este trabalho compartilhado reafirma a convicção de que os campos da cultura e da arte são vocacionados e proporcionam ações de perspectivas muito amplas junto ao público. Desta forma, além de ações educativas, como encontros e workshops curatoriais, obras e projetos serão coproduzidos para que, posteriormente, estes trabalhos selecionados possam ser apresentados nas unidades do Sesc no interior do estado.

 

Bienal Internacional de Arte de São Paulo

Data: 06/09/2014 a 07/12/2014
Telefone: (11) 5576-7600
Local: Pavilhão Bienal – Parque do Ibirapuera s/n – Portão 3

Entrada Gratuita

www.31bienal.org.br