56% dos brasileiros apontam ter receio de participar de eventos culturais em ambientes fechados

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Na última terça-feira (20/10) o Itaú Cultural, em parceria com o Datafolha, divulgou os resultados da pesquisa “Hábitos Culturais pós pandemia e reabertura das atividades culturais”.

O levantamento ouviu, por telefone, 1.521 pessoas entre 16 e 65 anos – 42% nas regiões metropolitanas e 58% em cidades do interior.

A maioria dos brasileiros (66%) deseja atividades culturais quando houver relaxamento das restrições de convívio social. No entanto, atividades em locais fechados terão maior dificuldade de atrair público. 56% negaram visitar lugares com estas condições. 39% disseram que participariam. Já os locais abertos têm preferência. 84% disseram que visitariam, contra 12% que desconsideram a hipótese. 

O estudo também avalia o que a população espera, no sentido de protocolos, dos espaços culturais. Para 17%, apenas a disponibilização de uma vacina para a Covid-19 pode dissipar o medo. Distanciamento, ter espaço e evitar aglomerações é o procedimento mais mencionado pelos entrevistados (58%).

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Uso de máscara e adoção correta do equipamento de proteção aparecem com 55%. Ter equipamentos para higienização dos visitantes (53%) é outra demanda. 

Na pandemia, os brasileiros que usaram a internet para consumir cultura ouviram mais música na rede (84%) do que assistiram a filmes e séries (73%) e a shows (60%), leram livro digital (38%), fizeram cursos livres (38%), jogaram jogos eletrônicos (34%), acompanharam webinars (32%), fizeram atividades infantis (28%), ouviram podcasts (26%), viram espetáculos de teatro (21%) e fizeram visitas virtuais a museus e exposições (17%). 

A democratização do acesso à cultura durante a pandemia foi destacada por 67% dos entrevistados.

Quando tudo isso passar e pudermos retomar a vida com mais segurança, os shows online já não devem despertar tanto o interesse dos brasileiros. Em comparação a primeira pesquisa, realizada no início do mês, a vontade de acompanhar esse tipo de programação cai de 60% para 53%. Ver filmes e séries também registra ligeira queda – de 73% para 69%.

Os dados foram divulgados através de coletiva virtual que contou com a participação de Eduardo Saron, Diretor do Itaú Cultural, e Paulo Alves, gerente de pesquisas do Datafolha.

Os executivos ressaltaram que a gratuidade de muitos desses serviços foi importante para contribuir com a democratização da cultura, mas que é preciso pensar igualmente nos desafios da monetização, tanto para o artistas quanto para toda a cadeia de trabalhadores da cultura.