A Ecoenergy – Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia, destacou em sua 9ª edição temas relacionados às questões regulatórias, tributárias, perspectivas de expansão e possibilidade do setor. Durante três dias de evento, dezenas de congressistas participaram de palestras e painéis sobre temas que envolvem as energias renováveis, como solar, fotovoltaica, eólica e biomassa.
O evento, organizado e promovido pela Cipa Fiera Milano, ocorreu de 21 a 23 de maio, no São Paulo Expo, e reuniu 13 mil visitantes, entre engenheiros, instaladores, integradores, distribuidores, diretores e novos interessados nos benefícios que o setor pode gerar para seus negócios. Além da área de exposição, com 125 empresas nacionais e internacionais em 7 mil m2 de área apresentando suas soluções e lançamentos, os principais debates, palestras e mesas redondas ocorreram no 9º Congresso Ecoenergy e no 3º Biomass Day – Congresso Internacional da Biomassa.
“A feira Ecoenergy posiciona-se como a principal plataforma de negócios no Brasil para as energias solar, eólica, de biomassa, de combustíveis gasosos, líquidos e sólidos e também geotérmica e hidrelétrica. O evento reuniu as fontes de energia do futuro. Elas atraem interesse cada vez maior pelos custos de implantação em queda e pelas vantagens importantes em sustentabilidade”, afirma Rimantas Sipas, diretor comercial da Cipa Fiera Milano.
Congressos Ecoenergy e Biomass Day
O 3º Congresso Biomass Day abordou desafios e gargalos para o desenvolvimento de biomassas no Brasil, tanto para produção de energia elétrica, com foco na eficiência operacional e financeira, quanto para as tendências na geração de bioprodutos com alto valor agregado.
Durante o evento, a questão da falta de informação sobre o Biogás foi debatida. De acordo com Marcela Rezende, representante do CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás), as entidades ligadas ao biogás têm participado das discussões públicas e na criação de marcos regulatórios, mas o cenário ainda é modesto. “Temos que dar segurança para o investidor de que aquilo vai pra frente. Precisamos de leilão dedicado ao biogás, políticas que trazem essa segurança. Se tenho respaldo regulatório e governamental e fonte participando de leilão, passamos a ter contratos de energia vendidos. Assim, o investidor passa a dar crédito para esse mercado”, explica Rezende.
A questão de eficiência energética também foi um dos temas explorados no Congresso Ecoenergy. Segundo Alexandre Sedlacek Moana, presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia), o setor de eficiência energética deve ser olhado e reavaliado de forma constante, como todas as tecnologias existentes, buscando aprimoramento e formas mais otimizadas de viabilização. “No Brasil são executadas diversas iniciativas de eficiência energética, mas acreditamos que o potencial é muito maior. E uma forma de fazer com que isso tenha compatibilidade entre potencial e execução é a criação de políticas mandatórias de eficiência pelo usuário final, seja indústria, comércio, residencial ou poder público”, explica.