Os resultados apresentados em pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostraram que o recente reajuste fiscal e os cortes orçamentários anunciados pelo Governo Federal não foram bem recebidos pelos empresários.
O estudo revelou que 90,05% dos entrevistados já ouviram falar das medidas que estão sendo adotadas e 75,4% acreditam que os ajustes e cortes terão um impacto negativo na economia.
Quando indagados sobre os desdobramentos das medidas e as consequências para a sua empresa o pessimismo é igualmente expressivo, 70,6% acreditam que haverá impacto negativo, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul.
Segundo estudo, o ajuste fiscal proposto enfrenta resistência e desconfiança do empresariado. Mais da metade das empresas dizem não ser necessário e consideram as medidas um retrocesso para o país, além de aumentar os problemas e retardar a volta do crescimento.
Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti, os ajustes são importantes “essas medidas servem para arrumar a situação da economia e são importantes para que a retomada do crescimento aconteça de maneira sustentável no médio e longo prazo”, afirma a economista.
Também foram analisadas as consequências previstas para os empresários sobre os cortes orçamentários anunciados pelo governo e 76% acreditam que os cortes diminuirão as vendas, outro reflexo são as demissões.
Para 67,5% dos empresários, os impostos irão aumentar até o final do ano, a consequência disso será a diminuição de faturamento segundo 73,6%. Aparecem ainda a retração do consumo e a diminuição das vendas (73,1%), e a diminuição do crescimento da empresa (54,6%).
Quanto ao acesso a crédito, 74,6% dos empresários afirmam que contratar empréstimos está mais caro, com juros mais altos nos últimos 3 meses.
Fonte: Assessoria
