Feicon Batimat 2014

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Considerado o principal e maior Salão da Construção da América Latina, a Feicon Batimat proporcionará uma degustação do que estará disponível para esse mercado tão promissor da construção civil. O evento ocorrerá entre os dias 18 e 22 de março de 2014, no

Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

A feira reunirá cerca de 1.030 empresas nacionais e internacionais para expor produtos e serviços de construção civil, abrangendo todas as áreas relacionadas a esse nicho. “Estamos

ansiosos para essa estreia. Sempre dá aquela ansiedade natural antes do evento, mas quando olhamos tudo pronto vem a satisfação pelo trabalho cumprido”, confessa Liliane Bortoluci,

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diretora da Feicon Batimat São Paulo e Nordeste.

Um dos maiores expositores da Feicon Batimat é a empresa Lorenzetti, que participou de todas as edições da feira até hoje. “Trata-se de um evento extremamente importante, já

que representa o momento em que as indústrias demonstram tendências e lançamentos para milhares de compradores do Brasil e do exterior, gerando novos negócios, movimentando

a economia e possibilitando maior relacionamento com os seus clientes, como arquitetos, designers de interiores, engenheiros, lojistas de materiais de construção e consumidores

finais”, comenta Alexandre Tambasco, gerente de marketing da Lorenzetti.

O evento é avaliado como o mais completo do setor, pois apresenta a cada ano inovações e tendências, proporcionando ótimos negócios. Além disso, é possível realizar networking com grandes profissionais e marcas do setor da construção civil e principalmente disseminar novos produtos e serviços.

“Temos o desafio de trazer a cada edição novas empresas para a Feicon. Este ano conseguimos bater a marca de 100 novos expositores”, relata Liliane.

O evento é reconhecido por importantes empresas como palco de grandes negociações. “A partir da participação em um evento deste porte, podemos saber o que está acontecendo mundialmente no segmento, além de expandirmos nossos contatos e firmarmos parcerias com grandes empresas”, explica Juan Quirós, presidente do Grupo Advento, uma holding especializada em construção.

 

Novidades

Para a versão deste ano, o visitante contará com muitas novidades. Uma delas é a liberação do acesso wi-fi dentro do evento, para maior interação entre visitantes e expositores.

“Isso é algo que estávamos buscando havia alguns anos, e foi uma grande conquista este ano”, comemora Liliane.

As novidades não param por aí. Outra coisa que a diretora da feira destacou foi a iniciativa inédita de empresas portuguesas de apresentarem ao público lançamentos e outros produtos que deverão aumentar sua presença no mercado brasileiro nos próximos anos. “O projeto irá simular um espaço habitacional real com uso dos produtos de mais de 20 empresas que vão montar e decorar um estande e mostrar como aplicar cada etapa”, relata Liliane.

Além disso, é válido destacar que dentro da exposição de produtos do mercado internacional, as empresas serão sinalizadas com a bandeira de seu país de origem, facilitando a localização do público. “Isso ajudará a identificação dos países expositores. Cada estande terá um tradutor para fornecer apoio ao público em geral e poder divulgar da melhor forma o que esses países estão trazendo de inovação pra o Brasil”, diz Liliane.

Este ano, a feira também terá um diferencial: será organizada uma visita técnica, com inscrição prévia, para duas obras que obtiveram destaque no ano passado pela sua grandiosidade: o Allianz Parque do Palmeiras e o Jardim das Perdizes. “Dois ônibus conduzirão os inscritos em uma visita guiada para essas obras. Eles serão acompanhados pelos responsáveis das construtoras de ambos os empreendimentos”, explica a diretora.

Educação para o mercado

Como esperado, este ano a Feicon Batimat apresentará painéis, workshops, congressos e seminários nos cinco dias de feira. Haverá alguns painéis gratuitos, como o Seminário Anamaco “Como preparar minha loja para aumentar o tíquete médio das vendas e gerar mais lucro”. A diretora da feira comenta: “O telespectador terá a oportunidade de receber orientação de profissionais que ensinarão a montar o seu negócio”.

O antigo Núcleo de Conteúdo dá espaço para a primeira Conferência Feicon Batimat, que reunirá diversos agentes da construção civil para debater temas que estão em evidência no

setor e apresentar tendências que devem ganhar a atenção dos profissionais nos próximos anos. “Teremos uma congressista que falará sobre o legado dos Jogos Olímpicos para a cidade

de Londres e o papel da tecnologia digital na construção deste grande projeto”, explica Glauco Ferreira Quintas, gerente de projetos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa organizadora da Feicon.

O painel será apresentado dia 20 de março dentro do Seminário AsBea Tecnologia Digital como apoio à produção contemporânea e de Arquitetura. A palestrante Kathryn Firth trará

sua experiência na organização dos Jogos Olímpicos para a cidade de Londres e o balanço do que isso trouxe após a realização, com relação ao aproveitamento dos espaços, adaptações

de instalações e impacto na vida das pessoas.

 

Falando de mercado

O financiamento imobiliário e os incentivos do governo têm aquecido o mercado de forma crescente e contínua.

A expectativa para este ano é de que isso chegue a 4,5%. “A manutenção e ampliação dos estímulos do Governo ao consumo no varejo como crédito, emprego e renda, uma recuperação mais vigorosa no segmento imobiliário e uma aceleração das obras de infraestrutura são parâmetros a serem seguidos”, relata Valter Cover, presidente da

Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

Segundo a Associação, mesmo com a queda, em dezembro do ano passado, de 6,1% no faturamento total deflacionado das vendas dos materiais de construção em comparação

ao mesmo período de 2012, o resultado acumulado no ano passado apresentou crescimento de 3%.

O baixo desempenho de dezembro não trouxe a recuperação esperada nas vendas e contribuiu fortemente para a reversão da tendência de elevação, que era observada desde

a metade do primeiro semestre. “Para 2014, a expectativa é otimista e prevê um aumento de 5% em relação a 2013. O cumprimento da meta está diretamente ligado à manutenção e aos atuais estímulos do governo ao consumo das famílias”, reforça o presidente da Abramat.

Com o otimismo em alta, a Caixa Econômica Federal continua apostando nesse mercado. Os programas de financiamentos do banco federal se desdobram para atender a demanda de cada fase da construção, atingindo desde a fase inicial, com financiamento de materiais de construção, até a final, quando o imóvel está pronto e precisa ser mobiliado. “O Programa Minha Casa Melhor oferece até R$ 5 mil reais de crédito às famílias consideradas de baixa renda”, explica Cristiano Luz, Superintendente Executivo na Caixa Econômica Federal.

A Lorenzetti também aposta que os estímulos do Governo Federal por meio dos programas de melhoria de renda das famílias, associados à baixa taxa de desemprego, estimulam o mercado. “A disponibilidade de crédito em condições favoráveis para reformas têm mantido uma demanda favorável para o mercado de materiais de construção. Por isso que estamos sempre atentos, aproveitando o cenário, e dispostos a levar produtos de qualidade, design e resistência para a classe C”, comenta Alexandre Tambasco, gerente de marketing da Lorenzetti.

Otimista quanto a 2014, a Lorenzetti está concentrando seus investimentos no desenvolvimento de produtos com alta tecnologia e que aliam design e qualidade. “A empresa pretende seguir a estratégia do crescimento orgânico, aumentando o faturamento em dois dígitos. Nesse ano, o objetivo da Lorenzetti  é crescer 18,5%, alcançando o faturamento de R$ 1,1 bilhão” afirma Tambasco.

Outra importante empresa da construção civil que está inovando a cada ano é a IMAB. Com o conceito de excelência e qualidade nos produtos, pretende expandir o mercado através das novas tecnologias, aproveitando um novo nicho de mercado. “O público vem se refinando e ficando mais exigente, prezando por qualidade e excelência. O nosso conceito é colocar no mercado produtos que nós colocaríamos em nossas casas”, explica o presidente da IMAB, Luis Antônio Barbosa.

A IMAB é pioneira no País no quesito tecnologia em fechaduras. A empresa está com uma parceria com o Grupo português Aitec, para o desenvolvimento de soluções para controle

de acesso. Entre as novidades, ficam os produtos eletrônicos com reconhecimento de proximidade através de cartões, smartphones e biometria. “Essa nova geração de clientes está antenada às novidades que giram pelo mundo, e nós estamos caminhando lado a lado para acompanhar esse avanço”, comenta Barbosa.

A Amanco, empresa da Mexichem Brasil, também vem apostando forte no País e acredita que o Brasil tem boas perspectivas para o mercado de construção civil e saneamento. Esse crescimento está diretamente ligado à aproximação dos megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que devem acelerar as obras voltadas a eles. “Além disso, existem os programas do governo — como PAC, plano de indução do crescimento e Minha Casa, Minha Vida — que terão continuidade este ano”, destaca Maurício Harger, presidente da Mexichem Brasil.

Com a aquisição da empresa holandesa Wavin, líder em sistemas de tubos plásticos e soluções na Europa, o Grupo Mexichem assumiu a liderança mundial em sistemas de tubos plásticos para a condução de água e de soluções para esse segmento investir no Brasil. “Com mudanças conceituais e visão ampla, teremos aporte de US$ 100 milhões em ativos em três anos. A

empresa trará máquinas da Wavin, o que representa investimento em transportadores, energia e mão de obra, que serão todas locais”, salienta Harger.

Também pensando no déficit grande em infraestrutura e em obras de saneamento, que demandam muitas atividades, a Amanco vem oferecendo ao mercado de infraestrutura soluções mais práticas e produtivas para as obras que resultam em redução de tempo e dinheiro. “É necessária uma padronização de serviços para possibilitar um mercado mais amplo e competitivo, e estamos buscando isso dentro da Mexichem”, afirma Harger.

O aquecimento da construção civil pressionou a limitada cadeia de fornecedores de insumos e equipamentos, provocando uma expressiva procura por mão de obra qualificada por parte

das construtoras. “O processo causou um dos maiores apagões da cadeia produtiva brasileira”, explica Juan Quirós, presidente do Grupo Advento.

Nessa nova realidade de mercado, o Grupo Advento focou em aliados que contribuíssem na condução de pilares fundamentais ao seu negócio: Gestão de Planejamento e Custo e também Gestão Jurídica e Tributária. “O Brasil tem também uma enorme área agrícola a ser explorada e que demanda projetos de irrigação”, comenta Quirós.

Segundo Sérgio Athié, da Athié Whonrath Arquitetura e Engenharia, uma das mais bem conceituadas empresas de serviços de arquitetura e obras de altos níveis de qualidade, o custo

desse setor no Brasil ainda é muito alto e isso acaba afastando os investidores internacionais. “Por isso a necessidade de padronização de serviços assim, como vemos em outros países. A

partir do momento que isso passar a existir, somado às ações sustentáveis, atrairemos mais investimentos internacionais em nossa economia”, finaliza Athié.

 

Fonte: Matéria originalmente publicada na 19ª edição da Radar Magazine, publicação do Grupo Radar de Comunicação ao qual pertence também o Portal Radar