Eventos corporativos sentem grandes impactos da crise causada pela greve dos caminhoneiros

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A crise provocada pela paralisação dos caminhoneiros não impactou apenas o abastecimento e setores como a saúde, a educação e a mobilidade. Setores como o de eventos corporativos também foram fortemente impactados da crise. “Já temos notícias de vários eventos que foram cancelados em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras cidades”, diz Eduardo Murad, diretor-executivo da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV).

Ainda sem números consolidados, a Associação está acompanhando de perto e tem visto que a crise tem gerado um impacto direto, com cancelamentos e reagendamentos de voos e de hotéis. A entidade pontua ainda que muitos pensam somente no impacto de deslocamento das pessoas para chegar e sair dos eventos. “Sim, esse é um problema, pois o impacto na mobilidade das cidades foi enorme como acompanhado pela mídia. Táxis ainda circulam com o gás GNS e atendem certa demanda”, acrescenta Murad.

A ALAGEV pontua que o lado logístico-operacional também tem impacto e demanda atenção: hotéis e espaços de eventos não recebem alimentos e têm os seus estoques no limite. Almoços, jantares e coffee breaks já estão sendo comprometidos e sofreram ajustes de oferta de acordo com o estoque. Muitos empreendimentos hoteleiros tiveram problemas de gerenciamento de ocupação, pois sem transporte e com muitos cancelamentos de voos, os hospedes estenderam suas estadas, e os que chegavam ficavam sem quartos. “Alguns hotéis começaram até a sentir falta de amenities e itens de higiene, pois não recebiam entregas. O catering externo também enfrenta os mesmos problemas, assim como eventos com grandes estruturas (montagem, sonorização, etc) não podiam ser desmontados/montados, por que o transporte é feito por caminhões”.

Nove dias

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A greve dos caminhoneiros completou nove dias nesta terça-feira, 29 de maio. Mesmo com as medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer no domingo, algumas rodovias importantes do Brasil continuam bloqueadas por protestos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o abastecimento de etanol, gasolina e diesel no País deve demorar ao menos uma semana para voltar ao normal.