Pesquisas apontam que as feiras de negócios alavancam a economia

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A origem do conceito de feira é muito antiga e os registros históricos dão conta de que antecede o surgimento da moeda. As culturas primitivas, na luta pela sobrevivência e conquista de posicionamento favorável, faziam do escambo ou da barganha o meio para suprir necessidades. No fundo, desde sempre, feiras reúnem pessoas que querem vender e aquelas que têm necessidade de comprar.

O setor de eventos, onde se inserem as feiras de negócios multitemáticas, cresce e evolui no mundo todo. Um recorte dos últimos 20 anos, no Brasil, dá conta de que mais de 84 milhões de compradores participaram de feiras de negócios realizadas no país. Quando se pergunta qual é a explicação para se gerar, em poucos dias, negócios excepcionais para as empresas, a resposta contempla um valor essencial: as feiras de negócios propiciam o contato comercial direto entre quem compra e quem vende.

É a força da materialidade presencial, a eficiência da negociação interpessoal. Todas as conquistas tecnológicas e ferramentas digitais, advindas da Internet, são facilitadores inegáveis. Mas nada substitui o contato cara a cara, olho no olho.

Em cada evento, o participante tem a chance de conquistar novos clientes do mercado interno e internacional. Adicionalmente, o contexto de feiras de negócios constitui fonte insubstituível de atualização para os profissionais dos diferentes setores econômicos envolvidos – vendedores e compradores.

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Pesquisa analisa impactos e tendências

A UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras – acaba de divulgar dados de pesquisa encomendada junto ao instituto NewSense, intitulada ‘Impacto e Resultado dos Eventos com Foco em Geração de Negócios no Estado de São Paulo’. Estudo analisa dados relativos aos players de maior relevância (promotores, expositores e visitantes) do setor, com foco no impacto sobre a geração de negócios no mercado. Em média, 8,2 milhões de visitantes e 66,5 mil expositores participam de 742 eventos de grande porte no estado de São Paulo. Ou seja: são cerca de 11,5 mil pessoas por evento, considerando o universo das feiras de negócios e dos congressos com estandes com mais de 500 participantes.

Além de ocuparem 3 milhões m² dos principais pavilhões, centros de convenções e de grandes hotéis do estado de São Paulo, as feiras de negócios são geradoras de receitas para todos os destinos onde são realizadas – do Oiapoque ao Chuí. A pesquisa da UBRAFE revela haver a convergência entre esses eventos e disseminação de novos conceitos e tendências, por meio da realização, em paralelo, de congressos, seminários e rodadas de negócios.

“O aperto de mãos garante sempre a melhor network aos diferentes setores econômicos, que demandam novas ideias e otimização de tempo”, resume o Presidente da UBRAFE, Abdala Jamil Abdala, que também preside a Francal. O dirigente salienta que “a Pesquisa e o Calendário UBRAFE 2020 já foram apresentados ao mercado argentino, durante evento na Embaixada do Brasil em Buenos Aires. O mesmo se dará em Portugal, no evento em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil naquele país”.

Relevância em números

A pesquisa patrocinada pela UBRAFE e associados mostra que o volume anual de negócios gerados por eventos representa R$ 305 bilhões de reais para a economia brasileira, considerando os resultados para as empresas expositoras. Isso equivale a 4,6% do PIB Nacional, com um detalhe: são valores gerados em eventos de negócios realizados no Estado de São Paulo.

Já o volume de investimentos, contemplados os diferentes elos da cadeia de valor no setor, alcança a cifra de R$ 16,3 bilhões/ano, o que confirma a condição de vetor do desenvolvimento econômico. E a certeza de que participar de eventos faz a economia girar. A capilaridade ampla engloba infraestrutura, serviços, hospedagem, gastronomia, transporte, logística, marketing promocional – entre outros. Nesse sentido, fomenta a economia criativa, por meio da geração de negócios e de ideias.

Fator 1 x 35

O Vice Presidente do Conselho de Administração da UBRAFE, Paulo Octavio Pereira de Almeida, profissional da Reed Exhibitions Alcantara Machado, ao comentar os dados da pesquisa, chama atenção para o Fator 1 x 35.  “Cada R$ 1,00 investido por empresas em eventos com foco em negócios gera retorno de R$ 35,00 para as expositoras. Trata-se de uma equação poderosa”.

O executivo acrescenta a necessidade de, em conjunto com o mercado, definir regras e cálculos do ROI (Return On Investment). E, também, a implementação de um índice AGR (Ativações que Geram Resultados). O AGR permite calcular, em determinada audiência, quantas pessoas mudaram/criaram comportamentos de compra.

Abrangência

“As feiras de negócios são a maior e mais completa ferramenta de mídia presencial e planejamento de ações comerciais do país. Atendem a empresas de todos os portes e de todos os setores produtivos da economia”. Observação é do Presidente Executivo da UBRAFE, Armando Arruda Pereira de Campos Mello.

Sobre a pesquisa da UBRAFE, ele salienta fatores fundamentais para o sucesso das feiras: relevância do conteúdo; qualificação da audiência; e confiança no MKT F2F (Face to Face). Tão importante quando a realização de novos negócios, as feiras criam o ambiente propício para insights e novas ideias”, sintetiza o executivo. E destaca a importância das mídias sociais na comunicação da entidade.