Perambulando pelo Vale da Morte

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Você já pensou que algumas ou várias profissões e empresas do setor de eventos correm o risco de desaparecer? Tristemente, muitos de nós estão jogando a toalha e migrando para outros setores, fora da nossa cadeia, para colocar comida na mesa e ter um teto para morar.

Pode até soar estranho, mas esses profissionais e empresas são afortunadas, estão se recolocando, mesmo que em áreas diferentes. Mas e quanto aos que não conseguem fazer o famoso “se reinventar”? Morrem de fome?

Falando apenas de feiras, temos profissionais de diversos níveis culturais. Vamos de executivo (a) com um CV invejável ao profissional que, quando muito, tem o ensino fundamental. Como o tão falado “new normal” irá absorver esses profissionais? Quem poderá ajuda-los? E as empresas? Como ajuda-las a achar novos caminhos?

Eu entendo perfeitamente que profissões e indústrias se transformam, evoluem, algumas desaparecem e outras surgem. Mas o ideal seria uma política governamental específica que ofereça treinamentos, cursos de reciclagem e ferramentas para que profissionais de todos os níveis tenham a chance de se encaixar e continuar vivendo.

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E aí que vem o desânimo e a preocupação. Não conseguimos nem fazer com que nossos governantes nos enxerguem, nos valorizem e nos ajudem. Imagine contar com eles para colocar de volta nos eixos esse pessoal e essas empresas super profissa, que pegam no pesado e que o setor de eventos está perdendo.

Gostaria de ter a solução, só que não tenho. Nem sei o que restará de nós após esse Covid-19 e, nem quando voltaremos realmente para nossos eventos. Eu gostaria, sim, de pedir para associações e sindicatos que representam feiras, congressos, entretenimento e outros elos da nossa cadeia, não se esquecerem que sem gente para fazer a roda girar, nada acontece.

E assim vamos, em busca de vida, perambulando pelo Vale da Morte.