SP-Arte Viewing Room contou com mais de 56 mil visitantes e bom volume de vendas

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A primeira edição do SP-Arte Viewing Room, que aconteceu de 24 a 30 de agosto em uma plataforma hospedada no site da Feira , contou com a participação de 136 expositores, entre eles, galerias de arte e design expoentes no mercado nacional e internacional, editoras, revistas, coletivos e projetos artísticos independentes.

Com a apresentação de trabalhos de mais de 1.100 artistas e uma programação dinâmica, com atividades virtuais e gratuitas, o evento online recebeu mais de 56 mil visitantes de diversas regiões. Deste total, 15% são estrangeiros e 40% são de fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, indicadores que reforçam que a descentralização geográfica é um fator significativo na renovação que está em curso no setor.

“Concluímos o SP-Arte Viewing Room, uma edição histórica para a Feira, com o sentimento de dever cumprido. Apesar dos inúmeros desafios e aprendizados, conseguimos superar barreiras e concretizar nossos propósitos, ao trazer uma plataforma funcional, dinâmica e contemporânea, que ajudou a movimentar o mercado de arte e a gerar oportunidades de negócios para nossos expositores. Além disso, percebemos uma renovação no setor. Dos mais de 56 mil visitantes que acessaram o Viewing Room, 75% são novos usuários, ou seja, pessoas que estão se aproximando agora do circuito de artes; muitos são potenciais colecionadores. Essa primeira edição virtual da SP-Arte nos trouxe um sopro de esperança sobre o futuro do mercado das artes, em um momento ainda tão delicado”, afirma Fernanda Feitosa, diretora e fundadora da SP-Arte.

Os expositores contaram com diversas ferramentas, como a possibilidade de inclusão de vídeos e áudios a fim de trazer uma narrativa única em torno de sua exposição digital, enriquecendo a experiência do usuário.

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A plataforma reuniu cerca de 3.600 obras, trabalhos em suportes diversos, de pinturas e desenhos a vídeos e performances, criados por artistas de diferentes gerações. O Viewing Room somou mais de 1 mil contatos a galerias, ou seja, o número equivalente à quantidade de vezes que um visitante contactou o expositor para negociar uma compra, além de 10 mil check-in’s aos projetos dos expositores, ferramenta que relembra o nostálgico livro de assinaturas de eventos físicos.

Programação

A primeira edição do SP-Arte Viewing Room contou com uma programação extensa e variada, criada em parceria com as galerias expositoras. Foram mais de noventa ações, divididas em seis categorias: Visitas guiadas virtuais, Open Studio, Conversas com artistas, Screenings, Lives e as programações exclusivas criadas em colaboração com nossos parceiros: Iguatemi, Vivo, Arte!Brasileiros e Artefacto.

O palco de programação do SP-Arte Viewing Room provou-se um importante aliado para unir o ambiente físico do mundo das artes com o ambiente virtual, e seguir movimentando a criação de conteúdo crítico, como já é de tradição da Feira. Pela Galeria Jaqueline Martins (São Paulo) deu-se o lançamento da obra Bandalha, de André Parente, uma série de cinco trabalhos com apenas dez edições de cada disponíveis.

O lançamento foi acompanhado de uma conversa entre o artista e o curador Ricardo Resende. Outro fator importante do digital foi a aproximação de curadores e artistas estrangeiros na programação, a exemplo das conversas da Artespacio (Santiago), nas quais a curadora brasileira Cristina Tejo conversou com artistas chilenos Francisca Benedetti, Francisca Garriga e Benjamin Ossa; e do bate-papo entre a artista brasileira Analívia Cordeiro e o curador francês Franck Marlot, promovida pela Luciana Brito Galeria (São Paulo).

A programação de Screening exibiu performances virtuais e obras de videoarte. Em parceria com a Mobília Tempo (São Paulo), ocorreu o lançamento do happening “Geni de Si”, que marca a estreia do fotógrafo Ruy Teixeira como diretor, e na qual os artistas Lianna Matheus e Otto colocam em diálogo obras de artistas de várias mídias. Em parceria com o MAI (Marina Abramovic Institute), a HOA Galeria trouxe o sétimo episódio da websérie Calçado Monstro, realizado pelo grupo Estileiras, e que configura uma performance virtual com atravessamentos do mundo físico.

Em parceria com a Arte! Brasileiros, a SP-Arte lançou o curso “Cartografia do Olhar”, idealizado e ministrado pela artista, curadora e pesquisadora Ana Beatriz Almeida. O curso, que teve seu lançamento durante o Viewing Room, conta com duas aulas – “Mar e Travessia” e “Estadia e Permanência” – nas quais Almeida ensina sobre as obras de Juliana dos Santos, Rosana Paulino, Moisés Patrício e Antônio Obá. As aulas permanecem disponíveis gratuitamente no portal da SP-Arte.