Por Vanda Fulaneto
A cidade de Aleppo (a terceira maior cidade do Império Otomano na Síria) é a homenageada no final do confinamento na primeira exposição imersiva e digital da Fundação Boghossian em Bruxelas
Desde 2012, a guerra civil devastou a cidade de Aleppo. Os bombardeios e combates terrestres afetaram fortemente a população civil, mas também o patrimônio. O número de edifícios históricos danificados ou destruídos é estimado em várias centenas. Ainda hoje é difícil identificar o que foi perdido nesta destruição e o que pode ser salvo.
Graças a várias missões de campo em 2017, as equipes da startup francesa lconem, especializada na digitalização de patrimônio ameaçado, conseguiram estabelecer modelos 3D de vários monumentos importantes na cidade velha de Aleppo.
Esse trabalho, que guarda esse patrimônio em uma cópia digital de alta definição, permite análises e testemunhos à distância do campo, às vezes melhor do que um repórter de guerra. Imagens gigantes em 3D, animadas por computador, reconstroem para o público os vestígios martirizados da arquitetura síria.
Imerso num lento passeio à volta e na fortaleza, o visitante compreende os estragos recentes e comove-se com a beleza dos vestígios dos monumentos.
Exposição:
Alllepo uma viagem ao coração de 5.000 anos de história.
De 17 setembro de 2020 á 31 janeiro de 2021
Aberta de terça a domingo
De 11 à 18 hs
