Anhembi: o gigante acordou

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Semana passada, o mercado de eventos foi brindado com uma das melhores notícias que o setor poderia receber. Um verdadeiro presente de Papai Noel!

O Anhembi, que durante décadas foi o principal palco dos grandes eventos, responsável em grande parte por mudar a cara de São Paulo, passa para a inciativa privada pelas mãos da GL, conglomerado francês, que já atua no Brasil com destaque para o Rio Centro e o São Paulo Expo.

Após meses seguidos de notícias ruins, o desfecho do longo processo de concessão do Anhembi, somando-se à recém divulgação da ampliação do Expo Center Norte, muito mais do que boas novas, demostram luz no fim do túnel e evidenciam a pungência e força do setor.

Se existe um segmento em nossa indústria, que tem por obrigação enxergar a longo prazo, este é o dos equipamentos, ou se preferem, dos pavilhões, dos centros de convenções.

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Resumindo: se os equipamentos estão investindo, ampliando sua capacidade instalada, é porque acreditam no setor.

O aumento significativo de m2 ofertados será benéfico para a cidade, para os promotores, fornecedores e, sem dúvida, para os milhares de visitantes que frequentam nossos inúmeros eventos.

A cidade ganha, a população ganha e a economia ganha.

O Anhembi, infelizmente, passou nos últimos anos por um processo de abandono que fez com que perdesse não apenas sua importância, mas seu principal ativo, seus clientes. Do calor insuportável, às cachoeiras amplamente divulgadas, da infraestrutura sucateada à absoluta falta de condições técnicas apropriadas, o gigante foi colocado de escanteio.

A oferta ainda, de outros equipamentos administrados por empresas privadas, que possuem em seu DNA conceitos como excelência em atendimento, segurança, rentabilidade e profissionalismo, foi determinante para a triste realidade que viveu o Anhembi nos últimos anos.

Um equipamento que não dá lucro, que não é rentável, não se sustenta economicamente e naufraga.

Fui defensor, no passado, da manutenção do Anhembi nas mãos do poder público, por entender que havia espaço para uma administração pública profissional. Sim, tivemos gestões públicas competentes, mas o fato é que as diversas tentativas de profissionalização do Anhembi foram infrutíferas. Um equipamento tem de ter visão de 30, 40 anos para seu planejamento. Não se sustenta com uma visão de 4 anos ou no máximo, 8 anos.

Um olhar para frente é parte do segredo do sucesso e frases como “sempre fiz assim”, representam o fracasso!

Pegando emprestado o gráfico pizza, criado pela UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras, conseguimos entender um pouco a importância dos eventos, em especial das feiras para a economia na cidade.

Fato, o centro de todo este impulsionamento é o equipamento, o pavilhão que é gerador de empregos, força motriz da economia municipal e do trade.

A prefeitura agiu certo (isto, se concretizado de fato o negócio…) O impacto gerado pelo “novo Anhembi” será de milhares de empregos e geração de divisas para o município. Engana-se quem lê apenas os números da licitação. O legado financeiro para cidade será, em poucos anos, infinitamente maior do que os valores da transação.  São Paulo agradece.  Força indutora de mais de 50 setores macro econômicos, a indústria de eventos passará a contar com mais um equipamento à altura da cidade e, somando-se aos outros já instalados, oferecerá mais opções de ponta para seus clientes e visitantes.

São impostos, empregos e milhares de oportunidades gerados pelos eventos em São Paulo.

A oferta de espaços estava chegando ao seu limite e a cidade, o trade, os clientes, perdendo com isto. Concorrência é salutar e nos impulsiona.

A Prefeitura agiu bem!

Parabéns São Paulo, parabéns ANHEMBI!