Os “passes de saúde” e “passaportes de vacina” estão sendo usados cada vez mais em todo o mundo para limitar a entrada em locais públicos e eventos para aqueles que foram vacinados, recuperados de Covid-19 ou testados negativos.
No Brasil esta discussão ainda engatinha, mas observar como está sendo realizado lá fora pode ser um caminho esclarecedor para o futuro. Esta é uma visão geral:
O Emirados Árabes Unidos tinha aprovado um protocolo de passe verde com o aplicativo Alhosn em junho deste ano, facilitando Covid-19 restrições para a vacinados ou aqueles com teste válido de Covid PCR.
Embora o passe tenha sido temporariamente suspenso, no último domingo, a Autoridade Nacional de Gerenciamento de Crises e Desastres de Emergência (NCEMA) instou os estabelecimentos a usar o “protocolo passe verde” para certas categorias de eventos e atividades para ajudar a conter a propagação do vírus.
Dinamarca, Áustria e Hungria estiveram entre os primeiros países a introduzir passes de saúde, em papel ou em formato digital. A ação aconteceu ainda no mês de março.
Ainda é necessário um passe para entrar em restaurantes, hotéis e centros esportivos na Áustria. Na Dinamarca, atualmente, ele só se aplica a cabeleireiros e centros esportivos.
Na Hungria, os certificados de imunidade emitidos com a primeira vacina foram exigidos para ficar em hotéis, ir a restaurantes, teatros, eventos esportivos ou musicais. Agora, eles estão limitados a centros de saúde e reuniões de mais de 500 pessoas.
Um passe da União Europeia, contendo um código QR que permite verificar se o portador está vacinado ou teve um teste negativo recente, entrou em vigor em 1º de julho.
Ele permite que os viajantes cruzem as fronteiras de 33 países europeus – os 27 estados da UE e os vizinhos Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mônaco, Noruega e Suíça.
Em Portugal é necessário um passe para se hospedar em um hotel ou praticar esportes coletivos. Também é obrigatório para comer em restaurantes, mas apenas nos finais de semana.
A Irlanda exige o passe durante toda a semana para comer ou beber em pubs e restaurantes, enquanto em Luxemburgo ele é necessário para ir a uma loja.
Na França o passe é obrigatório desde 21 de julho para cinemas, museus e centros esportivos que recebem mais de 50 pessoas. Desde a última segunda-feira, ele passou a ser obrigatório para cafés e restaurantes, feiras, aviões, trens e ônibus de longa distância e estabelecimentos médicos.
Um passe verde semelhante entrou em vigor na Itália na última sexta-feira, e será estendido a voos domésticos, trens e alguns serviços de balsa a partir de 1º de setembro. Professores e estudantes universitários também precisarão dele a partir dessa data.
Na Alemanha, onde cada região decide sobre sua política de saúde, algumas exigem um passe para entrar em hotéis, cinemas e pavilhões esportivos.
Na Espanha, que possui um sistema semelhante, a região norte da Galiza tornou-se recentemente a primeira a exigir o passe para entrar em restaurantes e discotecas nos locais mais atingidos. A Andaluzia, ao sul, estenderá o passe para casas noturnas assim que os tribunais derem luz verde.
Nova York se tornou a primeira grande cidade dos Estados Unidos a introduzir um passe de vacina no início deste mês, quando o prefeito Bill de Blasio disse que seria necessário para restaurantes, academias e shows.
A lei entra em vigor no dia 16 de agosto, mas as primeiras verificações só serão feitas no dia 13 de setembro.
Na última quinta-feira, Quebec anunciou que apresentará um passaporte de vacina, o primeiro no Canadá, para todas as atividades não essenciais.
Israel restabeleceu seu programa de passe verde no início de agosto, restringindo o acesso a reuniões de mais de 100 pessoas aos que foram vacinados, curados ou tiveram resultado negativo menos de 72 horas antes.
Desde 8 de agosto as pessoas não vacinadas precisam apresentar um exame realizado há menos de 24 horas, com passe obrigatório para menores de 12 anos a partir de 20 de agosto.
