A quinta edição da Comic Con Ecuador, convenção do universo dos quadrinhos, ficção científica e cultura pop, voltou a ser realizada após dois anos de ausência em razão da pandemia.
Mesmo com a variante Ômicron assombrando o mundo, o evento conseguiu seguir em frente neste última final de semana no Centro de Convenções de Guayaquil, no Equador.
Vestindo roupas de seus super-heróis ou vilões favoritos, dezenas de crianças, jovens e adultos participaram da Comic Con. As pessoas tinham que apresentar o cartão de vacinação completa ou certificado de PCR negativo para acesso.
A feira ocupou uma área de 10.860 metros quadrados, utilizando três pavilhões e a área externa do local, contando com uma contagem em tempo real dos participantes.
“O local é muito grande, já trabalhamos feiras com até 30% da capacidade e nos adequamos às disposições dos órgãos de saúde, que é de 50% da capacidade”, apontou Ricardo Baquerizo, presidente da Expoplaza.
A Feira de Raíces foi realizada em outubro no mesmo espaço e com capacidade para 50%, o que permitiu a permanência simultânea de até 5.357 pessoas no recinto da feira, sob medidas sanitárias e a uma distância saudável.
Mais de 60 expositores participaram da Comic Con, entre eles, alguns artistas gráficos e ilustradores da Argentina, Espanha, Chile.
Mas os participantes também procuravam incansavelmente por convidados especiais como o ator Ray Fisher, “Cyborg na Liga da Justiça”; Austin St. John, o “Power Ranger vermelho”; e Daniel Pesina, co-criador do jogo Mortal Kombat.
Austin, no palco, agradeceu aos moradores de Guayaquil pela recepção. Enquanto ele se dirigia ao público, várias pessoas usavam fantasias da série dos anos 90.
Minutos depois, foi a vez de Fisher. Ele revelou que o casting para interpretar Cyborg foi uma “experiência única”.
Pesina disse que estava vindo pela primeira vez ao Equador e ficou impressionado com a recepção. “Os equatorianos são calmos, pacíficos, amigáveis. Há muito potencial para expandir a cultura, muita gente sente orgulho, é uma honra”, completou.
PANDEMIA NO EQUADOR
O Comitê Nacional de Operações de Emergência (COE) pediu recentemente aos municípios que cancelassem eventos públicos massivos ou, na sua falta, restringissem os mesmos para 50% da capacidade.
A recomendação é que esses tipos de eventos ocorram em locais abertos ou fechados com ventilação, respeitando o distanciamento social mínimo de 1,5 metros.
O COE analisará as solicitações e ajustará a capacidade dos eventos que serão realizados em dezembro em Guayaquil, caso a caso, segundo Allan Hacay , diretor de Gestão de Riscos do orgão, que informou que determinados espetáculos públicos serão cancelados ou adiados.
Hacay indicou que as medidas visam sobretudo concertos e festas “onde se identificam maiores riscos de contágio”. Os centros comerciais, restaurantes, bares e cinemas continuarão com 75% da capacidade.