Copa do Mundo é só o começo das pretensões do Catar em sediar megaeventos

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Após a Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022, o país sediará vários eventos importantes e planeja se candidatar novamente para as Olimpíadas, disse nesta semana o secretário-geral do Comitê Supremo de Entrega e Legado (SC), Hassan al-Thawadi.

Mais detalhes foram revelados durante sua participação na Concordia Annual Summit, em Nova York, onde palestrou sobre os legados que a Copa do Mundo deixará para o Catar.

“Depois de 2022, sediaremos vários grandes eventos esportivos. Sediaremos os Jogos Asiáticos de 2030 e manifestamos interesse em sediar a Copa Asiática de Futebol de 2023. E potencialmente vamos concorrer novamente às Olimpíadas”, afirmou.

“O Catar está prestes a fazer história ao sediar e tornar a próxima Copa do Mundo um evento verdadeiramente global”, completou al-Thawadi.

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Al-Thawadi também disse que após a Copa do Mundo, a maioria dos estádios será redimensionada de 40.000 para 20.000 lugares. O maior deles, o Estádio Lusail, não ficará apenas como estádio.

“O interior será revisto para outra finalidade a ser anunciada posteriormente. Outro estádio, feito de contêineres, será desmontado após o evento, sendo uma grande contribuição para a sustentabilidade e legado do torneio também”, acrescentou.

POLÊMICA COM TRABALHADORES

O executivo não se esquivou quando o assunto foi a polêmica envolvendo o tratamento dado aos trabalhadores que colocaram de pé os estádios que serão utilizados na Copa do Mundo.

Sobre os desafios que o Catar tem enfrentado com as reformas trabalhistas, ele disse que o compromisso com o desenvolvimento humano e social foi feito em 2006, muito antes da licitação da Copa do Mundo ser sequer considerada. 

Al Thawadi enfatizou que as reformas trabalhistas não foram uma resposta às críticas do mundo, mas devido aos valores do Catar: “Perseguimos as reformas e avançamos por nossa própria vontade”.

Para o executivo, a crítica serviu como princípio orientador, e mencionou algumas ações promovidas pelo país para mitigar possíveis problemas.

“Lançamos o Fórum de Bem-Estar dos Trabalhadores para garantir que todos os trabalhadores das empresas envolvidas conosco pudessem expor suas preocupações e queixas sem medo. Esta iniciativa iniciada no ambiente da Copa do Mundo já se espalhou por todo o país”, afirmou.

“E nos últimos quatro anos, as empresas se comprometeram voluntariamente a reembolsar cerca de US$ 28 milhões em taxas de recrutamento, dos quais US$ 23 milhões já foram pagos”, disse ele, acrescentando que ” o legado está sendo entregue agora. Não é algo que estamos olhando para além de 2022, o legado está sendo entregue agora e não terminará depois de 2022”, encerrou.