A ALAGEV apresenta em parceria com a Arbache Innovations, Casa Causa e Mangue, um relatório de práticas de Environmental, Social, and Governance (ESG) adotadas no Latin America Community for Travel and Events Experience (LACTE), evento realizado nos dias 27 e 28 de fevereiro em São Paulo. O estudo incentiva a adoção de ações semelhantes em outros eventos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado de eventos e viagens corporativas na América Latina.
Segundo a diretora executiva da ALAGEV, Giovana Jannuzzelli, a crescente preocupação com o meio ambiente, a responsabilidade social e a governança nos negócios está moldando a maneira como os eventos são realizados. O LACTE tem um papel relevante nesse sentido, pois além de trazer inovação, demonstra boas práticas que podem servir de guia para outras marcas. A importância de iniciar formalmente a mensuração do ESG vem da necessidade de demonstrar comprometimento com o tema e construir um mundo melhor.
O Hub ESG ALAGEV, criado em 2022, tem como foco promover o ESG em viagens e eventos corporativos, trazendo consciência para pessoas e empresas. O objetivo é criar um espaço de encontros e relacionamento entre stakeholders para o compartilhamento de conhecimentos e contribuir para iniciativas no segmento.
Ações no LACTE
O LACTE contou com três principais ações:
1. Responsabilidade ambiental em viagens e eventos corporativos com a gestão de resíduos, otimização, eficiência no uso dos recursos naturais e redução das emissões de gases do efeito estufa.
O evento diminuiu em mais de 90% o uso de garrafas e copos plásticos em relação a 2022. Ao todo, foram consumidos 1.550 litros nas três máquinas de água disponibilizadas, o que representa 3.100 garrafinhas de 500 ml não descartadas na natureza. Também não houve desperdício de água e todos os gases de efeito estufa emitidos foram inventariados.
Já o programa desafio LACTE 5k, encontro social que aconteceu no domingo anterior ao LACTE, conquistou 0,62 tonelada de CO2 compensada por meio da compra de crédito, e o plástico que envolvia as roupas dos competidores era solúvel em água.
Considerando a cenografia, chegou-se a 7,5 m³ de economia de aterro, 213,9 kwh na geração de energia e 50% de economia de CO2. Na gestão de resíduos foram colocadas lixeiras divididas em três porções para coleta seletiva: orgânicos, que atingiram 265,3 kg; recicláveis, com 48,2 kg; e rejeito, com 83,4 kg.
Segundo o plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (GRS) da empresa responsável pela destinação de resíduos do Golden Hall, onde o LACTE foi realizado, o evento produziu 21% de rejeito na sua operação, todo encaminhado para a geração de combustível.
Outro ponto de destaque foram os volumes de reciclados coletados, resultado de uma ação eficaz de educação, recusa e redução de geração desse material. O uso de talheres e embalagens compostáveis nos serviços de alimentos & bebidas também foram ressaltados na pesquisa. Esse aspecto, além de diminuição significativa do desperdício de alimentos, contribuiu muito para o bom resultado da sustentabilidade do encontro. O LACTE teve ainda uma baixa criação de resíduo por pessoa, com média de 200 g/pessoa/dia.
2. Responsabilidade social em viagens e eventos corporativos com a contribuição para o bem-estar, saúde e segurança da força de trabalho, além da realização de ações que promovam a cultura da diversidade e inclusão.
Nessa categoria, o encontro reuniu todo o alimento não consumido para a doação a ONGs de combate à insegurança alimentar; 60% das pessoas palestrantes se autodeclaram mulheres; 50% dos participantes se definiram pretas ou pardas. A associação ampliou a equipe com representatividade 60+, pretas e LGBT; contratou seis fotógrafos com síndrome de down do projeto Galera do Click; e aplicou uma pesquisa para levantamento de inclusão nas empresas – 77% das organizações informaram ter ações inclusivas.
No desafio LACTE 5K, parte do valor das inscrições foi doada ao Instituto Alicerce, que empodera e promove a inclusão social e meio da educação.
3. Governança corporativa e comunicação em viagens corporativas e eventos com ética empresarial, transparência e isonomia, comunicação das diretrizes e ações direcionadas para ESG e participação nas iniciativas.
As práticas de governanças assumidas para a realização do LACTE estiveram presentes na conduta ética entre os diferentes stakeholders. Em ESG, conhecido também como economia de stakeholder, deve-se praticar o chamado “ganha-ganha”, e isso acontece por meio da transparência e isonomia e do compartilhamento de valores inegociáveis do ponto de vista ético. Para isso, buscou-se garantir um processo coerente e legítimo em relação a colocar as diretrizes ESG em ação e fazer com que todos os envolvidos pudessem estar comprometidos com estas. A participação contribuiu para que se inovasse na gestão da governança do evento, inserindo condutas alinhadas às diretrizes.
“O compromisso com a definição das ações, a determinação nas tomadas de decisões e implementação de práticas relacionadas às diretrizes ESG foram essenciais para que o LACTE pudesse, por meio desse primeiro relatório, comunicar o início de sua jornada com as diretrizes ESG. Com essa iniciativa é possível partir do que foi feito e acelerar as ações para 2024, criando uma série histórica de dados que irão nutrir estrategicamente as próximas edições”, finaliza Giovana.
