Associações assinam carta da Câmara Brasileira da Indústria de Eventos sobre ESG

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Diversas associações assinaram a carta sobre Environmental, Social, and Governance (ESG) da Câmara Brasileira da Indústria de Eventos (CBIE).

Entre as associações que referendaram seu apoio à ação da CBIE está a ALAGEV – Associação Latino-Americana de Eventos e Viagens Corporativas.

“A ALAGEV trabalha diariamente em prol do ESG, por isso, é fundamental apoiar essa iniciativa da CBIE para que o mercado seja orientado para ser mais sustentável, igualitário e ético”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da associação. 

A CBIE acredita que para a superação dos desafios no Brasil e principalmente da indústria de eventos, é necessário cada vez maior de união de todo seu trade e ainda:

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– Uma evolução na estrutura de trabalho;

– Um olhar focado na gestão de cadeia de valor;

-Um diálogo permanente público-privado, em que a sociedade possa sugerir, acompanhar e propor políticas públicas.

O Comitê ESG da CBIE, por meio dos representantes das empresas ligadas à Indústria de Eventos (MICE), se reuniu no final de março na sede do São Paulo Convention & Visitors Bureau e emitiu o seguinte manifesto:

1- ESG

As entidades, bem como profissionais do setor e imprensa especializados presentes na reunião, debateram sobre a importância do conceito ESG para o setor de eventos, ressaltando tratar-se de uma tendência mundial e que o Brasil precisa iniciar urgente ação propositiva e educativa.

Concluíram pela necessidade imediata de difusão do conhecimento acerca deste tema aos players do setor de eventos, tendo em vista as mudanças globais já iniciadas e a exigibilidade já presente no setor.

2- Trabalho eventual e legislação

As entidades da CBIE entendem que, por suas características e peculiaridades, os trabalhadores em eventos têm contratação eventual e, em grande parte, no dia que inicia a atividade contratada e, por isso, o mercado da Cadeia de Valor de Eventos precisa tomar imediata decisão de alterar as posturas relacionadas ao conceito “S” (Social) das práticas ESG para se ajustar aos novos tempos.

Sem tirar a importância das demais siglas (E e G), o objetivo é colocar as “pessoas” no centro dos negócios, neste tema de trabalho.

Como resultado do debate sobre este ponto, concluíram pela necessidade de se difundir, no mercado, as seguintes pautas:

a) Maior cuidado e responsabilidade nas relações contratuais, exigindo de todos os players a integral observância às melhores práticas recomendadas e normas ESG e aos pactos relativos aos direitos humanos e sociais.

b) Incremento das ações de acompanhamento constante, operacional e in loco do modus operandi das contratações e condições de atuação de trabalhadores, relativas às empresas contratadas e subcontratadas, entre outras ações efetivas.


3- Legislação trabalhista

Os presentes debateram sobre a enorme discrepância entre os conceitos legais de contratação e a realidade do mercado de eventos no Brasil.

Existem as necessidades específicas do setor, envolvendo turnos diferenciados e em detrimento de prazos para montagens/desmontagens e períodos contínuos da programação do evento.

E concluíram pela necessidade de uma aproximação maior com os poderes públicos constituídos (legislativo, executivo e judiciário) na instância federal, estadual e municipal, além de seus órgãos e autarquias, como Ministério Público e Fiscalização do Trabalho.

Além disso, verificaram a necessidade de aproximação aos sindicatos, para caso seja possível do ponto de vista legal, elaborar convenções coletivas específicas que atendam ao setor.

E com este escopo, a CBIE propõe dar continuidade a esta agenda nos próximos dias e mais ações contínuas, tais como:

– Informativo sintético de conteúdos ESG; cursos para entidades e seus associados que possam subsidiar estudantes e produtores independentes;

– Programa de relações institucionais de aproximação e relacionamento permanente com setor público – em especial o legislativo – com reuniões periódicas nas bases nos diversos estados, bem como missões em Brasília para incremento da atuação junto aos poderes legislativo, executivos e judiciário local, estadual, federal;

– 3º Dimensionamento da Indústria Brasileira de Eventos.

O objetivo desta carta é comunicar ao mercado essa reflexão e convocar todas as entidades da Cadeia de Valor de Eventos na união e ativação desta agenda propositiva imediatamente.

São signatárias desta carta as seguintes entidades:

CBIE – Câmara Brasileira da Indústria de Eventos

ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Evento

ABR – Associação Brasileira de Resorts

ABRACE – Associação Brasileira de Cenografia e Estandes

ABRAFESTA – Associação Brasileira de Eventos

ABEFORM – Associação Brasileira de Empresas de Formaturas

ACADEMIA – Academia Brasileira de Eventos e Turismo

ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens
Corporativas

AMPRO – Associação de Marketing Promocional

APRESENTA – Associação dos Promotores de Eventos do Setor de Entretenimento e Afins

IFEA – International Festivals & Events Association

SKAL – Skäl Internacional do Brasil – Capítulo Brasil

SPC&VB – São Paulo Convention & Visitors Bureau (convidada)

UNEDESTINOS – União Nacional dos CVBs e Entidades de Destinos

UBRAFE – União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios.

Confira a carta na íntegra (link).