A 9ª edição do Construmetal, maior encontro da construção em aço da América Latina, superou as expectativas de público, de acordo com a organização.
Realizado pela Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) e promovido pela 1ª vez pela Francal Feiras, o evento atraiu mais de 500 pessoas em um dia inteiro repleto de debates.
No auditório principal, foram realizados cinco painéis com 26 painelistas em que foram discutidos os principais desafios do mercado e anunciadas as novidades no segmento.
No espaço anexo, em uma feira com 13 expositores e um palco, foram apresentados trabalhos e pesquisas tecno científicas.
De quebra, os participantes puderam apreciar a vista panorâmica do estádio Allianz Parque, local do evento, que contou com 31 patrocinadores.
Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, abriu o seminário contando que o Construmetal é a porta de entrada da empresa no segmento da construção industrializada.
“O evento de hoje abre as portas para o grande encontro que faremos no ano que vem, o Modern Construction Show, que vai trazer o que existe de mais moderno na construção atualmente”, disse.
Horácio Steinmann, presidente da ABCEM, também participou da abertura do evento e enfatizou a importância da manutenção do preço do aço no patamar atual para o setor da construção.
A abertura contou também com a participação de Marcos Penido, secretário executivo do Governo de São Paulo e ainda:
– Marcos Monteiro, secretário municipal de Infraestrutura da cidade de São Paulo; Luiz Aurélio Fortes da Silva, presidente da ABECE, e Cezar Valmor Mortari, presidente do Sinduscon de Goiás.
O último painel contou com a presença de Felicio Ramuth, vice-governador do Estado de São Paulo, e de Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, entre outras autoridades.
O vice-governador afirmou que é necessário que a administração pública, em parceria com empresários e entidades da construção industrializada, desenvolva métodos de contratação para que estes sistemas de construção possam ser utilizados em licitações públicas.
Segundo ele, atualmente estados e municípios só conseguem utilizar a construção off-site em obras emergenciais.
Isso porque, explica Ramuth, a construção industrializada não tem uma tabela oficial de padronização de serviços e de valores, o que complica a utilização destes sistemas de construção em concorrências públicas.
Uallace Moreira Lima comentou que, para o MDIC, o setor da construção civil é um dos mais estratégicos para o diálogo, levando em conta o programa de neoindustrialização que o Governo Federal realiza.
O secretário disse ainda que o programa Construa Brasil é um dos pilares na promoção da retomada da indústria na construção civil, assim como o programa Estratégia BIM Brasil e o Novo PAC.
Rodrigo Navarro, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), deu detalhes sobre o que está sendo feito no Construa Brasil.
A ABRAMAT é uma das entidades colaboradoras das metas do programa. Segundo ele, o Construa Brasil é baseado em três eixos para modernizar e fomentar a construção civil:
– Desburocratização, digitalização e industrialização.
Entre os objetivos do programa, estão realizar a convergência dos Códigos de Obras e Edificações, melhorar o processo de concessão de alvará de construção e difundir o uso do Building Information Modeling (BIM) no Brasil, entre outros.
Para Fernando Ruas, diretor de negócios da Francal Feiras, a estreia da empresa no setor de construção industrializada com o Construmetal foi impactante.
“Todos os congressistas ficaram impactados não só pela localização no Allianz Parque, um ícone da construção em aço, mas também pela qualidade do evento e das palestras”, diz.
“Este foi o nosso cartão de visitas para que no ano que vem a gente traga tudo isso e muito mais no Modern Construction Show”, finaliza.