Academia Brasileira de Eventos e Turismo pleiteia a extinção do Ministério do Turismo

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A Academia Brasileira de Eventos e Turismo protocolou hoje (21/06) junto à Presidência da República uma carta que reivindica que a pasta do Turismo seja extinta e incorporada a de Indústria e Comércio. A iniciativa decorreu da decisão recente de Henrique Alves pela saída do Ministério do Turismo e, especialmente, pela alta rotatividade de Ministros na pasta durante o governo Dilma.

“O turismo precisa ser encarado como atividade econômica, responsável pela geração de milhões de empregos e pela fixação do homem em sua terra de origem. O turismo quando bem trabalhado melhora a imagem do país, reforça a autoestima do cidadão e promove a transmissão de conhecimento. Mas, acima de tudo, precisa ser trabalhado no âmbito de uma Pasta da área econômica, que compreenda sua importância para o desenvolvimento do país” afirma o presidente da Academia, Sergio Medina Pasqualin.

O documento cita a necessidade do enxugamento da máquina pública, os exemplos de países evoluídos que atrelaram as estruturas oficiais de turismo a pastas econômicas e propõe, ainda, a Embratur subordinada a uma Secretaria Nacional em pasta econômica forte.

Veja a íntegra o texto do documento:

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“Senhor Presidente,

A consciência do momento histórico e delicado por que passa nossa Nação, cônscios da responsabilidade que temos quanto ao futuro da importante atividade econômica do turismo no Brasil, na véspera de um dos mais importantes eventos do mundo a Olimpíada, nos motiva a vir à presença de Vossa Excelência para expor o que se segue:

1 – A necessidade de enxugamento da máquina pública urge, bem como a redução dos gastos, otimizando os investimentos em atividades que deem retorno de curto prazo.

2 – Os países mais evoluídos no campo de nossas atividades turísticas, a exemplo de França, Inglaterra, Japão, Alemanha e Canadá dispõem de estruturas oficiais de turismo atreladas a Pastas econômicas. Da mesma forma, países vizinhos também vêm obtendo êxito, a saber: Chile, Colômbia e Peru.

3 – Louvamos os esforços do passado na busca de uma identidade por intermédio de uma Pasta específica para o Turismo, mas o histórico demonstra uma relação custo x benefício para a Nação muito aquém do almejado.

4 – A Embratur, subordinada a uma Secretaria Nacional em uma Pasta econômica forte e representativa, com um Secretário que represente os anseios do setor e com reconhecida experiência no turismo, atenderá melhor e plenamente, de forma racional, o momento político econômico que vivemos.

Não nos cabe, Senhor Presidente, a indicação de nomes, que sabemos ser da competência única de Vossa Excelência, mas nos cabe externar nossa posição como profissionais representativos dos mais variados setores da atividade econômica de eventos e turismo.

Neste contexto, importante reconhecer e valorizar a relevância da economia de eventos e turismo, no contexto do desenvolvimento do Brasil e dos brasileiros, considerando sua importância como geradora de conhecimento, renda, empresa e emprego, e ainda por ter o menor custo por posto de trabalho gerado, comparando-se com outros setores.

Considerando que a economia de eventos e turismo é desenvolvida pela iniciativa privada, se faz necessário criar políticas públicas, com vista a promover e desenvolver as correntes turísticas para e pelo Brasil, através de um órgão gestor com perfil profissional voltado para o mercado, devidamente capacitado para gerar normas duradoras e transparentes e com o devido acompanhamento, criando desta maneira um ambiente sadio para realização de negócios.

Importante ressaltar ainda que o turismo acontece nas cidades de destino, constituindo-se em importante fator de distribuição de renda e fixação do homem à terra, sendo parte das grandes soluções para retomada do crescimento econômico, por isso ansiamos vê-lo reconhecido no âmbito de um Ministério da área econômica.

A Academia Brasileira de Eventos e Turismo tem no seu capital humano 40 profissionais reconhecidos no mercado, em todas as áreas da economia de eventos e turismo, com ampla condição e disponibilidade para colaborar na definição das diretrizes macroeconômicas do setor.

Certos de que Vossa Excelência receberá esta carta como uma manifestação de apoio e desejo por um Brasil melhor, apresentamos nossos mais cordiais e respeitosos cumprimentos”.

Assinam a carta Sergio Medina Pasqualin – Presidente  e Ibrahim Georges Tahtouh – Vice-presidente

Fonte: Assessoria de imprensa