A crise sem precedentes causada pela disseminação do coronavírus tem deixado impactos bastante negativos em todos os setores da economia. A indústria do turismo como um todo, foi uma das primeiras a sentir a força da crise. As companhias aéreas estão com frequências cada vez menores, os hotéis tiveram de fechar as portas, destinos tiveram que ser isolados e assim a cadeia foi toda comprometida. A ALAGEV, organização referência no segmento de viagens e eventos corporativos, refez, entre os dia 17 e 20 de março, a pesquisa já aplicada entre os dia 03 e 06 de março, com fornecedores, gestores de eventos e gestores de viagens para medir o impacto direto que o surto do novo coronavírus trouxe para o segmento.
Nesta segunda rodada, a pesquisa foi respondida por 309 profissionais, sendo 76 gestores de eventos, 128 gestores de viagens e 105 fornecedores (cruzeiros, resorts, tecnologia, destino, agência de eventos, empresas de transportes, TMC’s, hotelaria, companhias aéreas, agência de incentivo, áudio e vídeo e outros).
O diretor-executivo da Associação, Eduardo Murad, explica que com a rápida mudança do cenário em nível global, as informações também ficaram flutuantes. “Optamos por reaplicar a pesquisa junto ao setor para ter um termômetro mais realista do impacto e para que, a partir das respostas, possamos também ter o papel de agente transformador no sentido de orientar e debater caminhos viáveis do segmento”, diz.
Segundo os dados levantados na amostra, o cenário se altera completamente. 41% dos gestores de eventos afirmam que todos os eventos previstos foram cancelados, 32% postergado e 27% foram cancelados parcialmente. Crescimento de 37% em cancelamentos quando comparado ao estudo anterior. Interessante observar que todos os respondentes tomaram alguma ação de cancelamento ou remarcação num período de quase 2 semanas. Na primeira pesquisa 39% responderam que não cancelaram nem mudaram seus eventos, já a segunda amostra revela que as ações foram canceladas ou reagendadas.
Europa e Ásia seguem como os destinos mais afetados pelos cancelamentos, seguido da América do Norte e Central, Brasil, América Latina (exceto Brasil) e África.
O número de cancelamento de participação em eventos internacionais é ainda maior. 94% das empresas cancelaram a participação em eventos de qualquer natureza. 6% era o índice apresentado pelo estudo anterior e observamos uma migração para o cancelamento total daqueles que responderam que não haviam cancelado ou apenas em eventos internacionais.
Quando perguntado sobre a retomada de eventos, os meeting planners seguem confiantes e, cerca de 42% apostam que os eventos serão retomados completamente a partir do 3º trimestre, já 36% acreditam que a retomada aconteça ainda no próximo trimestre. Apenas 4% diz acreditar que as atividades retornem em 2021.
Em relação ao impacto do Coronavírus para as empresas que realizam eventos, o índice mais que dobra entre uma pesquisa e outra. Para 85% o impacto é significativo para os negócios, enquanto o primeiro estudo revelava uma mudança significativa para cerca de 32% dos respondentes.
Do ponto de vista de fornecedores, 86% dos respondentes afirmam que houve cancelamento total das viagens. O quadro se altera completamente quando comparado à primeira pesquisa em que apenas 27% das viagens estavam comprometidas com o cancelamento total, havendo claramente uma migração daquelas que ainda não haviam cancelado ou apenas cancelado parcialmente as viagens.
Os destinos com maior acúmulo de cancelamentos são Europa e América do Norte e Central, Ásia, África e América Latina (exceto Brasil).
Quando questionados sobre mudanças nas política de viagens de clientes, os fornecedores afirmaram que 45% dos clientes alteraram suas políticas e, para viajar o colaborador precisa de uma pré-autorização do gestor para realização de viagens; 29% necessitam de pré-aprovação da área de segurança, bem-estar e|ou medicina do trabalho, e para 26% não houve alteração. Houve um crescimento de 11% nas empresas que mudaram suas políticas de viagens para pré-aprovação do gestor para a realização de viagens.
Já em relação aos eventos, para 49% dos clientes de fornecedores os eventos foram cancelados, 36% postergaram a ação e 15% cancelaram parcialmente. Um crescimento de 39% nos índices de eventos cancelados.
Os destinos com maior acúmulo de cancelamentos são Europa e América do Norte e Central, Ásia, África e América Latina (exceto Brasil).
Quando questionados sobre mudanças nas política de viagens de clientes, os fornecedores afirmaram que 45% dos clientes alteraram suas políticas e, para viajar o colaborador precisa de uma pré-autorização do gestor para realização de viagens; 29% necessitam de pré-aprovação da área de segurança, bem-estar e|ou medicina do trabalho, e para 26% não houve alteração. Houve um crescimento de 11% nas empresas que mudaram suas políticas de viagens para pré-aprovação do gestor para a realização de viagens.
Já em relação aos eventos, para 49% dos clientes de fornecedores os eventos foram cancelados, 36% postergaram a ação e 15% cancelaram parcialmente. Um crescimento de 39% nos índices de eventos cancelados.
Assim, como os meeting planners, os fornecedores acreditam que os eventos e viagens corporativas devem retomar ao ritmo normal no 3º trimestre (49% para viagens) e 41% para eventos. Apenas 2% acreditam que as viagens se normalizem em 2021 e, cerca de 11% apostam na retomada dos eventos para o próximo ano.
Para 96% dos fornecedores a pandemia teve um impacto significativo nas atividades, 2% dizem que o impacto foi moderado e 1% ainda não soube estimar. Aumento de 41% nas respostas de impacto significativo.
Os Gestores de Viagens trazem um panorama ainda mais comprometido. 79% das viagens corporativas foram canceladas, ante 14% da pesquisa anterior. 20% foram parcialmente canceladas para alguns destinos e apenas 1% não sofreram alteração. Uma mudança bastante brusca para a indústria.
Mais uma vez, Europa e Ásia lideram o ranking de destinos com maior cancelamento, seguidos da América do Norte e Central, América Latina (exceto o Brasil) e Brasil. Destaque para o Brasil, que não havia sido citada na primeira pesquisa e nesta aparece com cerca de 30% de cancelamentos internos.
A 2º sondagem, indica que as políticas de viagens sofreram alteração. Agora, 45% das empresas respondentes precisam da pré-aprovação do gestor, 18% relatam que as viagens só são permitidas com pré-aprovação da área de segurança, bem-estar e |ou medicina do trabalho e 37% afirmam que não houve alteração. A diferença marca nitidamente a mudança daqueles que ainda não tinham mudado sua política, para uma com pré-aprovação do gestor no momento de crise (aumento de 22%).
Os gestores de viagens estão mais otimistas em relação à retomada das viagens. No primeiro estudo, cerca de 40% dizia não saber quando o ritmo deveria ser reestabelecido. Os resultados da pesquisa atual mostram que 45% estão confiantes na retomada a partir do 3º trimestre, 24% acreditam que as viagens se reestabeleçam a partir do próximo trimestre. 21% continuam não sabendo dizer e, apenas 3% acreditam que a retomada aconteça somente em 2021.
Em relação às ações tomadas para minimizar os impactos da epidemia para os negócios, gestores de eventos e viagens tem medidas parecidas, como o uso da tecnologia para vídeo ou teleconferência, revisão do plano de crise e criações de comitês, além do cancelamento de viagens e eventos não essenciais.
Já os fornecedores afirmam rever o plano de crise diariamente e colocar em prática o plano de contingência, flexibilização nas políticas de alteração de passagens, além de buscar soluções tecnológicas para facilitar o dia a dia.
Em todos os perfis apareceram informações sobre o uso de medidas como home office, antecipação de férias e redução da carga horária. Contudo, poucas falaram sobre demissão efetivamente.
“Estamos atentos às mudanças e medindo diariamente os impactos em nosso setor por meio de conversas e debates com nossos associados. Temos o compromisso de buscar junto a eles caminhos viáveis para sairmos fortalecidos desse momento crítico. E para isso, incentivamos as boas práticas entre todos os elos da cadeia, de forma que um possa suportar o outro e traga sustentabilidade ao setor”, finaliza Murad.