Arco Norte deve equilibrar demanda de exportação do agronegócio em 10 anos

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O esforço do ministro dos Portos, Helder Barbalho, em definir as poligonais e liberar licitações de terminais portuários para movimentar os investimentos privados e públicos no Arco Norte, região que compreende os estados de Rondônia, Amazonas, Amapá, Pará e segue até o Maranhão, garantirá ao país, em 10 anos, um equilíbrio entre a oferta de soja e milho e a capacidade de movimentação de carga nos portos brasileiros, aponta o especialista em logística e infraestrutura, Luiz Fayet.

“Com a definição das poligonais, os investimentos privados para a construção de Terminais de Uso Privado tornam-se possíveis, e, com a construção do Terminal Público de Outeiros possibilitarão a diminuição do “Custo Brasil” para a exportação das safras localizadas nas novas fronteiras: Mato Grosso, Brasília e Bahia, principalmente”, explica.

Atualmente, a maior parte da plantação de soja e milho destas regiões é transportada via rodovia até o porto de Santos (SP). “Gasta-se hoje cerca de US$ 130,00 a US$ 140,00  por tonelada para exportar pelo Sudeste. Ao fazermos pelo Norte, conseguiremos diminuir entre US$ 50,00 e US$ 60,00 esse custo”.

Segundo Fayet, os maiores benefíciados com a ampliação da capacidade dos portos do Arco Norte serão os produtores e exportadores de milho. Além disso, beneficia-se também toda a cadeia de prestadores de serviços e equipamentos para infraestrutura portuária, que deverá testemunhar um aumento na demanda por soluções aplicadas à operação nos portos e terminais.

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A consolidação da região do Arco Norte e os recentes anúncios de investimentos são vistos com bons olhos pela cadeia de fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviço de infraestrutura portuária e armazenagem. “A notícia traz ânimo para o mercado. Com a construção de novos terminais, consequentemente novos equipamentos voltados a inspeção serão necessários e a Nuctech do Brasil encontrará diversas oportunidades de negócios”, aponta o analista de marketing da empresa William Floria no Júnior. A empresa é uma das expositoras da InfraPortos South America – única feira na América do Sul dedicada à tecnologia e equipamentos para armazéns, terminais e portos – que acontece em abril na cidade de São Paulo.

Para o executivo Mario Teixeira Peres Júnior, o sócio-diretor da Ecorestauradora, que também participa da Infraportos South America, os terminais privados são vistos como uma injeção de investimento para levantar o mercado. “A saída da crise é a inovação, por isso investimos em tecnologia e imaginação. Com muita dedicação é possível reverter o quadro de uma economia desfavorável”, aponta.

 

Fonte: Conteúdo Empresarial