As mulheres na Indústria de feiras de negócios

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Na data em que se comemora o dia Internacional das mulheres, 8 de março, muitas questões sobre igualdade – que deveriam todos os dias serem levadas em conta – acontecem. Nas comemorações de 2017, a publicação alemã focada na industria de exposições Tw tagungswirtschaft, em parceria com o Grupo IMEX, trouxe o resultado de uma interessante pesquisa que perguntava: Women in the Events Industry – equal partners or assistants? (ao pé da letra, Mulheres na Indústria de Eventos – parceiros iguais ou assistentes? )

O objetivo era traçar um panorama de algumas questões como igualdade, oportunidades de carreira e equilíbrio entre vida profissional e vida no setor de eventos. Dentro de um período de três semanas, 3.059 mulheres abriram o link para a pesquisa (feita nas línguas inglesas e alemã), dos quais quase um terço (909) deu respostas às perguntas, 578 respondendo em alemão e 331 em inglês.

Das entrevistas,  628 eram da Europa, dos quais 473 eram da Alemanha; 35 da Áustria; 28 da Grã-Bretanha; 19 da Bélgica; 11 da Itália e 62 de outros países europeus, enquanto 150 entrevistados viviam na América do Norte, dez na Ásia, sete na África, dois na América do Sul e um na Austrália.

Alguns destaques:

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· Aproximadamente 66 por cento das mulheres no setor de eventos dizem que adoram fazer parte da indústria.

· Apenas três em cada dez mulheres disseram que se sentiam iguais em termos de salário.

· Apenas quatro em cada dez mulheres acreditam que têm as mesmas perspectivas de carreira que as suas homólogas masculinas.

· Mais de 63% acreditam que o setor de reuniões e eventos precisa de mais liderança feminina.

Em uma indústria tão fortemente povoada por mulheres, parece que o mundo ainda tem trabalho a fazer quando se trata de nivelar as coisas para profissionais de eventos femininos.

E no Brasil?

De acordo com o IBGE, as mulheres brasileiras ainda ganham menos e consomem mais tempo do que os homens com os cuidados da casa e de familiares. Em relação aos rendimentos médios do trabalho, as mulheres seguem recebendo cerca de 3/4 do que os homens recebem.  Nossa indústria de feiras apenas reflete um panorama geral?

Por mais que o setor conte com mulheres trabalhando e ocupando importantes posições, ainda vemos os postos de liderança ocupados majoritariamente por homens. Nunca é tarde para se debater as razões, ou pensar a respeito dos resultados obtidos através da pesquisa alemã.

O Grupo Radar & TV gostaria de parabenizar as mulheres de nossa indústria que, empreendendo ou seguindo um plano de carreira, conseguiram transpor barreiras, ocupam posições de liderança, mostrando que competência, dedicação, trabalho, estratégia e outras diversas habilidades nada tem a ver com gênero.

Todas as mulheres que movimentam e atuam nas feiras de negócios sintam-se representadas pelas grandes executivas citadas abaixo:

Milena Palumbo (GL events), Fátima Facuri (Open Brasil Eventos), Araceli Almeida (Informa Exhibitions), Clélia Iwaki (Informa Exhibitions), Liliane Bortoluci (Informa Exhibitions) Ana Florês e Indhira Pêra (New Stage), Monica Araújo (Messe München), Vânia Tavares (Fagga), Ana Maria Arango (UFI), Cecília Milanez Milaneze (Milanez & Milaneze), Marta Rossi (Rossi e Zorzanello | Festuris), Sâmia Hannouche (Francal Feiras), Lúcia Cristina de Buone (Francal Feiras), Waleska Santos (Grupo Couromoda), Roberta N Yoshida (Grupo Radar & TV), Luciane Leite (Reed Exhibitions Alcantara Machado | WTM), Maria Célia (Expo Center Norte) e Vera Masi (Bijóias).