A UFI, Associação Global da Indústria de Exposições, lançou a 33ª edição de seu principal relatório, o Global Exhibition Barometer, barômetro que avalia o estado da indústria.
Esta última edição do relatório semestral da UFI foi concluída em julho de 2024 e inclui dados de 453 empresas em 68 países e regiões. O estudo também inclui previsões e análises para 19 países e regiões focais:
– Argentina, Austrália, Brasil, China, Colômbia, França, Alemanha, Grécia, Índia, Itália, Malásia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Espanha, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA – bem como cinco zonas regionais agregadas adicionais.
Os resultados destacam que a indústria de exposições alcançará receitas recordes globalmente em 2024, superando a recuperação pós-pandemia que foi atingida em média no final de 2023. As receitas de 2023 e 2024 devem crescer 20% e 17%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
Globalmente, 48% das empresas declaram que planejam aumentar sua força de trabalho nos próximos 6 meses, enquanto outros 48% afirmam que manterão o número atual de funcionários estável.
“A situação da economia no mercado doméstico” é a questão mais preocupante (22% das respostas globalmente), seguida por “Desenvolvimentos econômicos globais” (15% das respostas).
Há um consenso universal de que a IA afetará a indústria, com 90% das empresas afirmando isso, e uma parcela crescente de negócios relatando que utilizam ativamente essa nova tecnologia.
“Esta edição da pesquisa confirma nossos dados iniciais de janeiro de que 2024 será um ano recorde para as receitas da indústria globalmente”, comenta Kai Hattendorf, Diretor Geral e CEO da UFI.
“Esta edição mostra como esse crescimento se traduz em novos empregos no nosso setor, bem como em planos de expansão da maioria das empresas, tanto para novas atividades de negócios quanto para novas geografias”, completa.
Para Kai, mesmo diante de um cenário global complexo, a indústria global de exposições está otimista em relação às suas perspectivas de curto e médio prazo.
“O barômetro também mostra como 19 principais mercados e regiões de exposições se comparam tanto com suas respectivas regiões quanto com as médias globais”, aponta,
“Expandimos ainda mais este relatório para tornar esses dados mais acessíveis. Não há outra pesquisa nesta indústria que permita tal nível de comparação”, conclui.
OPERAÇÕES
Globalmente, o nível de operações na primeira metade de 2024 aumentou para metade das empresas (4 em 10 na Ásia-Pacífico, América Central e do Sul e Oriente Médio e África; e 6 em 10 na Europa e América do Norte), enquanto foi qualificado como “normal” para um em cada três.
Essa tendência continuará no próximo ano, com, em média, um percentual de empresas relatando aumento de atividade variando de 59% na América do Norte a 50% na Ásia-Pacífico, 49% no Oriente Médio e África, e 48% na América Central e do Sul e Europa, respectivamente.
FATURAMENTO E LUCROS OPERACIONAIS
As receitas aumentaram em média 20% em 2023, e essa tendência deve continuar. Em 2024, as receitas devem crescer novamente em média 17% em relação ao ano anterior.
Essas tendências gerais variam de um país para outro:
- As receitas de 2023 em comparação a 2022 variam de 143% na Malásia, 139% na Tailândia, 132% na Argentina e EUA, para 105% na Espanha, 103% no Brasil e 101% na Austrália.
- As receitas de 2024 em comparação a 2023 variam de 148% na Colômbia, 138% no Brasil, 123% nos Emirados Árabes Unidos, para 106% na Alemanha, 105% na China e 98% na França.
Em termos de lucros operacionais para 2023, 61% das empresas declaram um aumento anual de mais de 10%, e 27% declaram um aumento estável.
O mesmo total de 88% se aplica aos lucros operacionais de 2024, com 47% planejando um aumento anual de mais de 10% e 39% um aumento estável.
A maior proporção de empresas que esperam um aumento anual de lucro de mais de 10% está na Malásia (100%), Espanha (83%) e Tailândia (75%) para 2023, e Brasil (82%), Reino Unido (69%) e Malásia (58%) para 2024.
DESENVOLVIMENTO DA FORÇA DE TRABALHO
Globalmente, 48% das empresas declaram que planejam aumentar o número de funcionários, enquanto outros 48% declaram que manterão o número atual de funcionários estável.
A maior proporção de empresas que planejam adicionar funcionários está na Malásia (91%), Brasil (75%) e Emirados Árabes Unidos (73%).
QUESTÕES EMPRESARIAIS MAIS IMPORTANTES
Esta edição não mostra mudanças significativas em comparação com a edição anterior do Barômetro lançada há seis meses:
- A questão empresarial mais urgente é “Situação da economia no mercado doméstico” (22% das respostas globalmente – mesma proporção de seis meses atrás – e a principal questão em todas as regiões, exceto no Oriente Médio e África, onde ocupa o segundo lugar).
- No geral, os “Desenvolvimentos econômicos globais” aparecem como a segunda questão mais importante globalmente (15% das respostas, comparado a 17% seis meses atrás), seguidos por “Desafios geopolíticos” (14%, e a principal questão para o Oriente Médio e África) e “Concorrência dentro da indústria de exposições” (14%).
- “Desafios de gestão interna” (11%), “Sustentabilidade / Clima” (9%) e “Impacto da digitalização” (6%) seguem.
Uma análise por segmento da indústria (organizador, apenas local e prestador de serviços) não mostra diferenças em relação à questão mais premente (“Situação da economia no mercado doméstico”), mas a segunda e a terceira variam:
– “Desenvolvimentos econômicos globais” (17%) e “Desafios geopolíticos” (16%) para organizadores; “Concorrência dentro da indústria de exposições” (18%) e “Sustentabilidade / Clima” (13%) para locais; “Concorrência dentro da indústria de exposições” (19%) e “Desenvolvimentos econômicos globais” (15%) para prestadores de serviços.
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS ATUAIS
Em todas as regiões, uma grande maioria das empresas pretende desenvolver novas atividades, seja na gama clássica de atividades da indústria de exposições (local/organizador/serviços), fora dos portfólios de produtos atuais, ou em ambas as áreas:
– 69% na Ásia-Pacífico, 74% na América do Norte, 75% na América Central e do Sul, 83% na Europa e 84% no Oriente Médio e África. Em termos de expansão geográfica, 43% das empresas declaram a intenção de desenvolver operações em novos países e regiões.
APLICAÇÕES DE IA GENERATIVA
Globalmente, há um consenso esmagador de que a IA afetará a indústria, com 90% das empresas afirmando isso. As áreas que se espera serem mais afetadas pelo desenvolvimento da IA são as mesmas em todas as regiões:
– “Vendas, Marketing e Relações com Clientes” (83% globalmente), “Pesquisa & Desenvolvimento” (82%) e “Produção de Eventos” (69%).
O 33º relatório Global Barometer foi realizado em colaboração com 32 associações:
– AAXO (The Association of African Exhibition Organizers) e EXSA (Exhibition and Events Association of Southern Africa) na África do Sul, ABEA (Australian Business Events Association);
– ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) e UBRAFE (União Brasileira dos Promotores de Feiras) no Brasil;
– AEFI (Italian Exhibition & Trade Fair Association) na Itália, AEO (Association of Event Organisers) no Reino Unido, AFE (Spanish Trade Fairs Association) na Espanha;
AFECA (Asian Federation of Exhibition & Convention Associations) na Ásia, AFEP (Asociación de Ferias del Perú) no Peru, AFIDA (Asociación Internacional de Ferias de América) na América Central e do Sul;
– AIFEC (Asociación Colombiana de la Industria de Ferias, Congresos, Convenciones y Actividades Afines) na Colômbia, AKEI (The Association of Korean Exhibition Industry) na Coreia do Sul;
– AMEREF (Asociación Mexicana de Recintos Feriales) e AMPROFEC (Asociación Mexicana de Profesionales de Ferias y Exposiciones y Convenciones) no México;
– AOCA (Asociación Argentina de Organizadores y Proveedores de Exposiciones, Congresos, Eventos y de Burós de Convenciones) na Argentina;
– APPCE (Asociación Panameña de Profesionales en Congresos, Exposiciones y Afines) no Panamá, AUDOCA (Asociación Uruguaya de Organizadores de Congresos y Afines) no Uruguai;
– HKECIA (Hong Kong Exhibition and Convention Industry Association) em Hong Kong, IECA/ASPERAPI (Indonesia Exhibition Companies Association) na Indonésia, IEIA (Indian Exhibition Industry Association) na Índia;
– JEXA (Japan Exhibition Association) no Japão, MFTA (Macau Fair & Trade Association) em Macau, MACEOS (Malaysian Association of Convention and Exhibition Organisers and Suppliers) na Malásia;
– MECA (Myanmar Exhibition and Conference Association) em Myanmar, PEIFE (Professional Events Industry Association Saudi Arabia) e SCEGA (Saudi Conventions & Exhibitions General Authority) na Arábia Saudita;
– SECB (Singapore Exhibition & Convention Bureau) em Singapura, SISO (Society of Independent Show Organizers) nos EUA, SOKEE (Greek Exhibition Industry Association) na Grécia;
– TEA (Thai Exhibition Association) na Tailândia e UNIMEV (French Meeting Industry Council) na França.
“Obrigado a todos os parceiros que nos ajudam a alcançar bons níveis de respostas, resultando em instantâneos valiosos para muitos mercados”, finaliza. Christian Druart, Gerente de Pesquisa da UFI.
Em linha com o objetivo da UFI de fornecer dados vitais e melhores práticas para toda a indústria de exposições, os resultados completos podem ser baixados em www.ufi.org/research.
