Brasil ocupa o 11º lugar entre os países da América no Ranking dos investimentos em saúde

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Segundo ranking dos Investimos em Saúde dos países da América aponta que apenas 4,66% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor, fazendo com que a saúde pública enfrente problemas por falta de financiamento, ficando apenas em 11ª colocação, atrás de países como Uruguai (6,14%), Argentina (4,92%) e Bolívia (4,75%). Se considerado os demais continentes, o Brasil aparece apenas na 60ª posição.

“Um país com o modelo de saúde como o nosso, que se propõe a oferecer tudo para todos, precisa estar preparado para cobrir as crescentes despesas da área”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa). Ele lembra que a população brasileira está envelhecendo e, com isso, os gastos com saúde para combater doenças crônicas e complexas, como diabetes e câncer, também estão aumentando.

Porém, em orçamento de 2016 enviado ao Congresso Nacional prevê apenas R$ 109 bilhões para a pasta. Se considerarmos o orçamento original de saúde para 2015, de R$ 121 bilhões, corrigido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), o orçamento de 2016 seria de R$ 133 bilhões. Mostrando que o orçamento enviado tem um déficit de R$ 24 bilhões, que deve agravar o subfinanciamento da área.

No decorrer do ano, o governo já havia anunciado cortes expressivos no orçamento de 2015, reduzindo em aproximadamente 11% o valor que deveria ter sido executado. Foram R$ 13,4 bilhões a menos, agravando ainda mais a satisfação dos brasileiros com o serviço.

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“As dificuldades já enfrentadas pelo brasileiro devem aumentar, agora que programas importantes estão sob risco de serem extintos”, afirma Britto. O Farmácia Popular, por exemplo, teve um corte de R$ 578 milhões previsto para 2016. Com isso, ele deve extinguir a modalidade de copagamento, que hoje beneficia três milhões de brasileiros por mês com medicamentos para dislipidemia, osteoporose, glaucoma e outras doenças, além de pílula contraceptiva e fraldas geriátricas.

 

Fonte: Interfarma