“Cadeia Sistêmica Complexa”, um artigo de Jorge Alves de Souza

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A Feira é uma atividade sistêmica complexa que envolve uma cadeia produtiva de valor formada por quatro quadrantes, a partir de um ponto central que é o Pavilhão e a Feira – que se sobrepõe a este, tais como:

– O primeiro quadrante é o da infraestrutura para a realização da feira;

– O segundo é tudo que envolve o comprador visitante, mexendo com o receptivo e a cadeia de turismo de negócios;

– O terceiro está ligado ao expositor, que impacta toda a cadeia de tecnologia, design, matérias primas e logística para produzir o que será apresentado na feira;

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– O quarto envolve, a partir da feira, toda a cadeia de distribuição, seja no mercado interno ou externo, com os comerciantes que levam o produto ao consumidor final.

Os produtos expostos podem ser produtos acabados, matérias primas, máquinas, equipamentos e tecnologia, isso depende do segmento econômico a que se propõe.

Existe um elo fundamental que são as mídias impressas, eletrônicas e as mais variadas ferramentas de mídias sociais, que divulgam e contribuem para a vinda deste tão desejado comprador.

Partindo de um investidor de risco, que é o promotor da feira, empreendedor com uma visão mais abrangente e que, ao decidir fazê-la, com um ou dois anos de antecedência, contrata o espaço na sua totalidade ou em parte, com aproveitamento da ordem de 40%, isto é: para cada 2,5m² adquiridos, tem a possibilidade de comercializar 1m².

É importante salientar que a feira é muito mais do que metro quadrado, oferecendo diferentes oportunidades como ferramenta de mídia presencial, indispensável para aproximar players.

Porém, para que tenha sucesso, é preciso que estes 40% sejam realmente ocupados, assumindo risco sim, porque o seu compromisso é com a totalidade do espaço adquirido, promoção e realização, independente do número de expositores.

A feira exige um período de maturação, e a partir desse ponto continua exigindo mais e mais investimentos em sua manutenção, renovação e alinhamento com o setor.

A hora de inaugurar a feira, momento alto deste organismo vivo e complexo, exige infraestrutura técnica e de serviços, e um conjunto de ações necessárias à sua realização. É importante ressaltar que a apresentação da feira valoriza os produtos de cada um dos expositores, marcas e suas posições no mercado, e para que tudo ocorra com sucesso é primordial a qualidade do público visitante, responsável pela geração dos negócios.

Negócios e vendas caminham juntos, mas independente de vender é importante fazer negócios e estabelecer parcerias mais duradouras, posicionando a marca e reforçando cada vez mais a presença da empresa no mercado.

A feira, como eixo central de uma cadeia sistêmica, movimenta os negócios e forma grandes anéis que representam acima de tudo a pujança do setor em exposição e todos os serviços e agentes envolvidos, além, é claro, de tecnologia e produtos e como fonte geradora de riqueza, emprego e renda.

As feiras movimentam mais de cinquenta macros segmentos econômicos impactando o PIB do país, uma vez que todos os setores econômicos estão interconectados com esta atividade, como motor e multiplicador destes.

É uma atividade dinâmica, presencial e integradora com resultados expressivos, impossível de serem ignorados por qualquer um dos agentes envolvidos de forma direta ou indireta. Portanto, fique atento a esta oportunidade.

Artigo de Jorge Alves de Souza, Presidente do Sindiprom-SP e Diretor-Superintendente e cofundador do Grupo COUROMODA