Com legados de 63 e 75 ainda “vivos”, São Paulo quer sediar novamente os jogos Pan-Americanos

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Enquanto equipes de todas as Américas se enfrentam nas diversas modalidades dos Jogos Pan-americanos que acontece em Santiago, nos bastidores personalidade políticas e do setor privado batalham em outro tipo de disputa: quem será a sede da edição de 2031 do evento.

No dia 19 de outubro, um dia antes da cerimônia de abertura dos jogos deste ano, a prefeitura de São Paulo apresentou sua candidatura para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031.

O secretário municipal de Esportes, Cacá Viana, entregou ao Pan Am Sports, entidade responsável pela organização dos jogos, a carta em que São Paulo afirma a intenção de sediar o evento.

Na carta de intenções em que expressa seu interesse de sediar os Jogos, o prefeito Ricardo Nunes colocou a estrutura da cidade à disposição para atender a todos os requisitos e necessidades para a realização do evento.

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“São Paulo, a maior metrópole do Brasil e da América do Sul, possui uma infraestrutura esportiva de primeira classe, uma economia robusta e uma rede de transportes que a tornam destino ideal para eventos de magnitude internacional”, disse o prefeito.

Na reunião com o presidente do Pan Am Sports, o chileno Neven Ilic, o secretário terá acesso ao caderno de encargos, que detalha toda a infraestrutura necessária para que a capital paulista possa realizar o Pan de 2031.

São Paulo já foi sede dos Jogos Panamericanos de 1963, quando recebeu delegações de 22 países. Desde então, ainda é possível acompanhar alguns legados destes jogos que teve sua abertura no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

Para abrigar tantos esportistas, a cidade construiu a Vila Pan-Americana na Cidade Universitária. Rebatizado de Crusp, o complexo existe até hoje e serve como conjunto residencial para alunos da Universidade de São Paulo. A USP também abrigou competições de remo em sua Raia Olímpica.

As demais estruturas utilizadas foram o Parque Antártica (atual Alliaz Parque), Ginásio do Ibirapuera, infraestruturas esportivas dos clubes Pinheiros e Paulistano, a Sociedade Hípica Paulista e o Clube Hípico de Santo Amaro.

Em 1975 o Pan retornaria para a cidade de São Paulo, mas acabou levado ao México, sendo cancelado em cima da hora, por causa de uma epidemia de meningite (uma versão interessante sobre essa história pode ser lida aqui).

Porém, àquela altura, grande parte do complexo olímpico (velódromo, estádio, ginásio e etc.) já havia sido instalada na USP para abrigar os jogos, sendo estes alguns dos legados deixados pela edição que não aconteceu.

No entanto nos últimos dias a história mostrou que pode se repetir, mas tendo um desfecho mais feliz para a cidade de São Paulo. De acordo com apuração do GE, a cidade colombiana de Barranquilla – que será sede da edição 2027 dos jogos – está sendo pressionada pela Panam Sports pois não pagou duas parcelas de US$ 4 milhões como garantia aos donos do Pan.

O não pagamento, ainda de acordo com o GE, devido a uma disputa política que envolvem as eleições municipais, onde o favorito a vencer em Barranquilla é Alejandro Char, de partido de oposição ao presidente Gustavo Petro.

Barranquilla ainda não foi anunciada oficialmente como sede dos próximos Jogos, que tem como data limite para essa definição o mês de dezembro. São Paulo se colocou como opção para receber a edição de 2027 caso uma solução não seja dada até o prazo final.

Desta forma, o jogo segue sendo jogado nos bastidores de Santiago para ver se São Paulo conseguirá ter novamente uma edição dos jogos em 2031, ou quem sabe, mais cedo do que o pretendido.