O ministro do Turismo, Vinicius Lages, afirmou no dia 09/06, ao abrir a 43ª reunião do Conselho Nacional de Turismo (CNT), que a Copa do Mundo vai marcar o fim de um ciclo do turismo brasileiro, iniciado em 2003 com a criação do MTur.
Segundo ele, o período pós-evento será de construção de uma agenda com foco em ampliar a participação do setor na economia nacional.
“Temos indicativos de que o atual modelo apresenta limites e um diagnóstico claro de que o turismo pode ter um crescimento muito maior do que o experimentado nas últimas décadas, da mesma forma que a agricultura brasileira, se um ambiente favorável for estabelecido”, afirmou o ministro para os membros do CNT, instância que, segundo ele, é fundamental neste processo de “aceleração do crescimento do turismo”.
Na avaliação do ministro é preciso remover um conjunto de “amarras e entraves” que impedem que o setor tenha um crescimento à altura de seu potencial. A nova agenda para o turismo, que terá algumas ações já implementadas no segundo semestre, tem foco, segundo Lages, na ampliação dos investimentos, no atendimento às necessidades do turista, na maior interação do MTur com os operadores do mercado, no aprendizado com as experiências da Copa do Mundo, entre outros.
Algumas das diretrizes de curto prazo para a implementação deste novo ciclo estão estabelecidas no PNT em Ação, desdobramento do Plano Nacional do Turismo 2013/16, apresentado durante a reunião do colegiado. O plano destaca alguns setores prioritários, como parques nacionais e temáticos, litorais e orlas, além de cidades históricas.
O secretário executivo do CNT, Vinicius Lummertz, titular da Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, disse que o objetivo desta nova fase do MTur e da Embratur é fazer com que o turismo assuma liderança na economia nacional.
Um dos primeiros passos na implementação do PNT em Ação, conta o secretário, será de adequação do arcabouço jurídico, incluindo a revisão da Lei Geral do Turismo.
Nesta primeira reunião do CNT, presidida pelo ministro Vinicius Lages, a tônica foi a defesa da cooperação entre o público e o privado. Neste cenário, as Câmaras Temáticas do CNT serão os principais fóruns de “reflexão e negociação” para definição de políticas e investimentos do MTur.