Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, em novembro, foram embarcados 11,68 milhões de pares, que geraram US$ 93,2 milhões.
Resultados superiores tanto em volume (+22,3%) quando em receita (+74,5%) em relação ao mesmo mês do ano passado.
No comparativo com novembro de 2019, portanto na pré-pandemia, o resultado também é superior, em 39% (volume) e 33% (receita).
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que as exportações de calçados vêm em recuperação, com mais força a partir do segundo semestre.
“O avanço da vacinação nos nossos principais mercados internacionais e o consequente arrefecimento da Covid-19 tem sido fundamental para a retomada. A velocidade da recuperação tem surpreendido e é um ótimo indicador para iniciarmos 2022 com o pé direito”, avalia o executivo.
Se o ano de 2021 está sendo bom, o de 2022 deve ser ainda melhor para a exportação de calçados.
O câmbio favorável às vendas externas e a dificuldade de fornecedores asiáticos suprirem a demanda reprimida devem colocar ainda mais em evidência o calçado brasileiro no exterior.
Prova disso é a intensa procura, por parte de importadores, pela COUROMODA 2022, que ocorre de 17 a 19 de janeiro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Até o dia 09 de dezembro, 81 importadores já haviam confirmado presença, todos por intermédio do Projeto de Compradores Internacionais COUROMODA.
Estes buyers representam, até o momento, mais de 40 empresas e são oriundos de 14 países distintos, com destaque especial para os provenientes do Equador, Bolívia, Panamá, Estados Unidos e Costa Rica. I
mportante destacar que estes são exclusivamente os que fazem parte do programa.
“Faltando mais de um mês para a feira, este contingente deve ser bem maior, pois continuamos trabalhando na iniciativa que visa ampliar a presença de importadores”, detalha o superintendente Jorge Souza.
Ele ressalta, ainda, que número semelhante de importadores deve estar presente na COUROMODA 2022 por conta própria, sem se valer do programa.
“Esse grupo, que chamamos de orgânicos, deve representar uma fatia expressiva do total de estrangeiros”, finaliza Souza.