POR CAMILA FLORENTINO
Atualmente, o mercado de eventos tem procurado seguir uma grande tendência que vem se espalhando rapidamente e alcançando uma posição cada vez mais relevante: o ESG, sigla em inglês que se refere às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.
Isso porque as empresas de todo o mundo têm buscado direcionamentos mais sustentáveis e agido com mais responsabilidade social.
Em todo o mundo vemos que a demanda está crescendo e a sustentabilidade está se tornando um fator decisivo na hora de clientes fecharem negócios.
Atrelado a isso, vale ressaltar que o mercado de eventos também está em constante expansão, com mais de 2,5 milhões de MEIS atuando no setor, ou seja, estamos falando de um segmento já muito grande e que não para de crescer.
Portanto, estar de acordo com práticas que se adequem ao público é a oportunidade para mostrar a resiliência de um negócio consciente e pronto para se consolidar.
Vejo um movimento em que os clientes estão cada vez mais interessados em dar propósito às suas escolhas e o mercado está se adaptando a isso. Isso passa por práticas de ESG que pedem por transparência, por uma nova forma de atuar no setor, de mitigar impactos e ver a transformação acontecendo.
Estamos avançando para um processo de ressignificar a forma com a qual enxergamos o mundo, o que afeta diretamente nossas decisões.
Muito além de engajar clientes e colaboradores, eventos corporativos podem ser usados como vitrine para as empresas, que estão começando a se preocupar com sua atuação a respeito de práticas que estejam de acordo com os princípios do respeito ambiental e sustentabilidade.
E isso pode começar aos poucos, seja pensando na reciclagem e reutilização de materiais, ou diminuir os desperdícios que, por vezes, um evento pode gerar.
Outro ponto é que os negócios também podem compartilhar suas questões sociais, reforçando ainda mais o compromisso e a preocupação com a responsabilidade.
Por fim, é fato que as iniciativas sustentáveis vêm para ficar. Em um mercado tão grande, muitos contratantes não veem mais sentido na falta de responsabilidade social, especialmente depois de observar que grandes eventos podem ter práticas conscientes e, ainda assim, elevar o nível de qualidade e expertise.
* Camila Florentino, CEO da Celebrar, plataforma que conecta grandes companhias e multinacionais a micro e pequenas empresas fornecedoras de serviços para eventos.