A Federação Belga de Organização de Eventos (Febelux) e o coletivo #restartMICE apresentaram um relatório sobre como os riscos de infecção em eventos podem ser estimados e gerenciados para permitir a reabertura do setor.
O relatório foi apresentado em uma entrevista coletiva e imediatamente entregue a Frank Vandenbroucke, ministro da Saúde e Assuntos Sociais, bem como a Alexander De Croo, Primeiro-ministro belga.
Há quase um ano, os especialistas do #restartMICE vêm trabalhando em novas medidas e soluções que possam permitir a retomada das atividades de forma segura.
O trabalho resultou num detalhado relatório, cientificamente apoiado pelo Dr. Biéva, publicado já em setembro de 2020 e reeditado em março de 2021 com um estudo específico sobre o risco dos aerossóis com o apoio do Dr. Christophe Cloquet.
Eles desenvolveram uma espécie de caixa de ferramentas, incluindo uma calculadora, que estima o risco de transmissão do COVID-19 por meio de gotículas e aerossóis em espaços lotados.
O risco depende de vários parâmetros, como tipo de evento, propriedades da sala, número de participantes, volume de fala e medidas de segurança impostas aos participantes. Outro fator é a situação pandêmica onde ocorre o evento.
Segundo o relatório, os riscos podem ser estimados e controlados, o que tornaria os eventos mais seguros do que ir ao supermercado ou viajar de ônibus.
“Nosso objetivo não é organizar eventos de negócios na próxima semana, ou evento no próximo mês, mas ter uma perspectiva e um planejamento para o reinício desses eventos”, explicam os organizadores.
A estimativa é que mais de 50% do setor vai desaparecer nos próximos meses e anos se não forem encontradas soluções efetivas.
“Empresas que existem há 30 anos estão agora à beira do precipício. Eles usaram o apoio bancário para preencher o buraco financeiro e ainda estão na mesma situação precária. É hora de o governo nos ouvir. Estamos lá para ajudar e trabalhar com os especialistas do governo”, finaliza.