Falar de Mulheres fora de março? Temos novidades.

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Já começamos com uma conquista: estamos falando sobre equidade de forma mais efetiva fora de março.

Este último mês trouxe várias oportunidades de novas reflexões sobre equidade, que ainda passa pelos pilares de EDUCAÇÃO e OPORTUNIDADES.

O Dia Internacional da Igualdade das Mulheres celebrado; Malala disponível de forma gratuita por uma universidade brasileira e o Woman to Watch Brasil – que homenageia mulheres incríveis na comunicação e marketing – trouxeram muitas informações que mostram o quão grande é o nosso desafio nessa busca, mas que apresenta resultados a cada ano.

Vale lembrar que o feminismo, que busca apenas equidade de direitos, foi quem nos permitiu estudar, trabalhar e votar ao longo do tempo e precisamos garantir estes direitos.

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O interessante é que a jornada da dificuldade das mulheres começa ainda na infância, com acesso a educação. As meninas ainda são preteridas a ir a escola, seja por cuidar de irmãos nas periferias no Brasil ou engravidar ainda adolescentes (que infelizmente se normalizou) como com regimes totalitários avançando no mundo, que proíbem esse acesso, mais evidente recentemente com a retomada do Talibã no Afeganistão.

Depois disso, a entrada no mercado de trabalho e sua ascensão seguem os desafios que conhecemos. Mas a Danielle Bibas, liderança na AVON,  traduziu muito bem o pano de fundo da discriminação das mulheres em todas as escalas em suas carreiras e vale a nossa reflexão. “OS HOMENS SÃO PROMOVIDOS POR POTENCIAL E AS MULHERES POR ENTREGA.”

Além disso, durante esta jornada, é preciso competir com colegas profissionais homens que se dedicam 12 horas por dia para o trabalho, enquanto ela tem que dedicar 12 e mais um tanto para sua família, gestão doméstica e outras já que ainda é assim que funciona – pouca divisão de fato de responsabilidades.

Para finalizar o cenário, nem precisamos repetir o papel de geração de resultados para os negócios que traz a DIVERSIDADE. Mas, como disse a Ana Fontes da RME, diversidade é também justiça social e não um favor. Somos o 7º país mais desigual do mundo, com a maior parcela demográfica sendo de mulheres negras, e só 0,4% das lideranças de negócios corporativos são desta representatividade.

O desafio é grande, mas precisamos começar com passos simples: VALORIZE OS PROJETOS DE MULHERES. Daquela sua colega brilhante que te gera desconforto, daquela empreendedora que vende serviços para sua família, daquela amiga que vende tortas incríveis e a outra que tem serviços de marketing digital ou produção de conteúdos, por exemplo. Apoiar, divulgar e COMPRAR. Ah! Sabe aquela profissional que tem na sua esposa, namorada e familiar? Que tal começar por aí?

Se ainda não nos convencemos, vamos lembrar o por quê devemos melhorar já a Educação e Oportunidades para mulheres com informações mais recentes destes tantos acontecimentos de Agosto. Você pode fazer diretamente ou apoiar projetos que tragam estes movimentos, ajudando a acelerar os resultados:

– Garantir Educação para meninas: a educação formal fornece ferramentas para ter acesso às oportunidades, especialmente em sociedades muito patriarcais, através do conhecimento de seus direitos, ser um meio de proteção social e traz independência financeira e psicológica , ou seja,  saudabilidade.

– Fomentar que todas as áreas de conhecimento sejam entendidas como oportunidades às meninas à sua volta, não só estereótipos. Os cursos de ciências, engenharia, tecnologia e matemática tem recebido menos mulheres inscritas mundialmente. Como teremos mais equidade nas contratações se não teremos estas profissionais, com as demandas aumentando?

– Na vida corporativa: fornecer condições de capacitação e crescimento de fato igualitárias – lembre que as mulheres têm outras jornadas fora do expediente e é uma corrida bem difícil e injusta. Ter em mente prazos mais adequados e distribuição de tarefas de forma mais coerente realmente pode transformar. Respeite os tempos de família, assim como você provavelmente tem alguém cuidando da sua, especialmente se for da liderança. Sim, considere critérios de oportunidades, de potencialidades, e especialmente de obrigatoriedade criando metas mesmo que de longo prazo mas com consistência, e gerando meios para atingi-las.

– Mundialmente as mulheres promovem um grande Impacto – 30 trilhões de dólares. Em geral, as mulheres participando da economia e negócios promovem melhores escolhas nas decisões, reduzem barreiras na sociedade, e trazem a maior oportunidade de promover evolução em escala, pois promovem estatísticas e dados tangíveis para equidade, como exemplo a questão da igualdade salarial.

– No Brasil, quase 50% dos negócios já são liderados por mulheres. Os principais impactos identificados na última pesquisa da RME – Rede Mulher Empreendedora mostram um total círculo virtuoso.

A renda delas promove investimentos principalmente na educação dos filhos e melhora da vida familiar; há uma redução do ciclo de violência; e a contratação de outras mulheres está nas suas prioridades.

– Fazer mentoria para apoiar empreendedoras, levando sua experiência como ponte para chegar a soluções, inovações e até mesmo simplesmente acreditarem em si mesmas para poder gerar bons negócios.

Para fechar, uma dica bacana de uma Líder homenageada no Woman to Watch vale muito. Não cobrar a presença permanente das mulheres, não espere isso delas. Se em uma semana ela precisa se dedicar ao trabalho com mais afinco, semana seguinte ela poderá ir àquele jantar, e na outra ainda buscar o filho na escola. Impossível esperar a perfeição em todos os papéis, e isso vale para sua esposa, irmã, sócia, colega e especialmente funcionária.

Vamos garantir mais mulheres nos negócios, e com ritmos viáveis ao mundo real. Todo mundo ganha.

“O que vemos ao nosso redor é o que entendemos como normal”.

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