O impacto econômico do GP São Paulo de F1 foi de R$ 960 milhões, além da geração de 9,6 mil postos de trabalho. Os dados são de estudo da FGV.
Este é o melhor resultado da história da prova, que em 2022 completará 50 anos de Brasil, sendo a maior parte no Autódromo de Interlagos.
Cancelada no ano passado devido à COVID-19, a única etapa sul-americana do campeonato mundial foi beneficiada pela coincidência com o feriado prolongado da Proclamação da República e a forte demanda por parte do público: 182 mil espectadores, segundo a organização, firmando a GP São Paulo de F1 como o principal evento esportivo com público pagante do país.
“Este é o melhor resultado da história de todas as corridas de F1 realizadas em São Paulo ou no Brasil. Quero cumprimentar todos os que tiveram envolvidos na organização, segurança e operação da F1 em São Paulo”, comemorou João Doria, governador do Estado de São Paulo.
“Além de um belíssimo GP, tivemos um campeonato absolutamente especial e emocionante, sem nenhuma ocorrência ou fato que pudesse desabonar a realização deste belíssimo evento”, acrescentou.
O estudo da FGV, com o acompanhamento do Centro de Inteligência da Economia do Turismo do Estado (CIET), considera os impactos econômicos diretos e indiretos, divididos em quatro dimensões:
Gastos do público (moradores, excursionistas, turistas e staff), organização (dos setores públicos e privados), patrocinadores (gastos com o evento e na ativação de marcas), e transmissão e mídia (logística, transmissão local, peças promocionais).
A arrecadação de impostos resultantes do evento, segundo a FGV, será de R$ 143,8 milhões.
“Além dos pontos positivos de uma das melhores corridas do ano, com o público festejando na pista, foi emocionante ver o reconhecimento da vacina contra a COVID-19 como elemento principal para o retorno dos grandes eventos”, lembra Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo.
Segundo a Prefeitura Municipal de São Paulo, a movimentação de turistas teve dois resultados positivos: pela primeira vez o total de residentes do interior do Estado, outros Estados e do exterior, totalizando 57,7%, foi superior ao de moradores da capital e Grande SP, 42,3%.
O fato acarretou o crescimento no gasto médio dos turistas na cidade, que chegou a R$ 4.545,57 para o período – 54,4% maior que em 2019.
Do interior paulista, os turistas vieram principalmente de Campinas, Sorocaba, Americana, São José dos Campos e Ribeirão Preto; de outros estados, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; do exterior, Paraguai, Argentina, Chile, Peru e Uruguai.