Em reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada na última segunda-feira (7) foi anunciado que o governo não flexibilizará eventos durante pandemia.
“Infelizmente precisamos ter cuidado, porque a Covid-19 está avançando no Estado mais uma vez e não podemos nos precipitar para não nos arrependermos depois. Os hospitais estão sobrecarregados e os casos estão aumentando muito”, justificou Douglas Cabido, subsecretário da Subsecretaria de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Segundo ele, a única possibilidade de uma abertura maior será com a aceleração da vacinação no Estado no segundo semestre.
Presidente da comissão, o deputado Thiago Cota disse que a intenção não é promover aglomerações, mas que o setor precisa de alternativas para funcionar.
“Doze por cento dos empregos em Minas vem do turismo, são R$ 312 bilhões de prejuízo, segundo a Fecomércio. Precisamos pensar em formas seguras de fazer isso, dentro dos protocolos da OMS e da secretaria estadual de Saúde”, explicou.
Diretor da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Leonardo Ziller Lisboa ressaltou que o setor de eventos e de turismo foi o mais afetado pela pandemia.
“Por que o shopping pode funcionar, mas uma feira no Expominas não? Existe claro preconceito contra nosso setor. A economia está toda funcionando. O Shopping Popular e o Mercado Central são eventos gastronômicos diários ocorrendo. E sabemos que inúmeros eventos sem protocolos estão acontecendo clandestinamente. Por que não fazer eventos para vacinados? Se idosos já estão imunizados, por que não fazer eventos para eles?”, questionou.
Isenção de impostos
Thiago Cota contou aos presentes que um dos requerimentos aprovados é que sejam encaminhados ao governo de Minas os valores das parcelas do acordo com a empresa Vale para serem destinados aos setores de turismo, hospitalidade, cultura e de eventos.
Também foi requerido e aprovado um plano para a isenção de cobrança de impostos e taxas de segurança pública e cadastros, após a retomada das atividades, para empresas de eventos e turismo que sejam optantes ou não pelo Simples Nacional, já que esses impostos são quitados com a realização dos eventos.
*Com informações da ALMG / Foto: Clarissa Barçante