A MCI uniu-se à Class TechExperience e a Epson para criar soluções de streaming usando técnicas combinadas com vídeo mapping.
A parceria forneceu ao MCI Studio, em São Paulo, o que há de mais novo em projetores e lentes para projeção de ambientes.
“Pouco ainda foi explorado sobre vídeo mapping e os eventos digitais. Nos eventos ao vivo, a técnica é consagrada e agrada plateias do mundo inteiro pela beleza e arte do conteúdo mapeado. Mas e no digital?”, indaga o Business Innovation Director da MCI, Ney Neto.
“Questões como luminosidade, streaming de superfícies mapeadas e retroprojeções ainda precisam ser mais exploradas e desafiadas e as descobertas prometem”, completa.
Segundo Rodrigo Machado, Gerente de Negócios da Epson, as projeções permitem criar dinâmicas imersivas e criativas em tempos em que as lives estão se tornando cada vez mais populares e tornam-se aliadas às outras tecnologias utilizadas nesses ambientes como chroma-key.
“O vídeo mapping é especialmente interessante para a criação de uma atmosfera diferenciada em estúdios de lives, por exemplo, possibilitando a interação com o conteúdo visual, sempre utilizando o espaço a seu favor de forma integrada”, explica.
Para Igor Tobias, Managing Director da MCI Brasil, os eventos digitais ainda estão sendo descobertos pelas empresas e pelo público e ainda há muito o que explorar.
“Na vanguarda dessa nova linguagem, estamos investindo na pesquisa e desenvolvimento do que vem pela frente quanto à experiência híbrida dos eventos. Combinamos diversas técnicas para criar experiências digitais imersivas para os clientes MCI e um dos protótipos que temos feito, em parceria com a Epson, é de integrar projeção mapeada ao streaming, conseguindo efeitos impressionantes para quem está assistindo o evento em casa”, conta Tobias.
Muito além do streaming
O MCI Studio é uma das novidades da MCI no Brasil e nasce com a proposta de inovar as técnicas de transmissão de eventos digitais, proporcionando mais interatividade entre os participantes, além de eventos mais bonitos.
A tecnologia empregada no espaço dá às marcas a possibilidade de combinarem cenografia, com técnicas de chroma-key, realidade expandida, realidade mista, animação 3D, inserindo efeitos especiais digitais para trazer uma linguagem mais cinematográfica para as transmissões.
Segundo Tobias, a modelagem 3D e o mix de realidades com técnicas digitais são tendência no Brasil.
“Temos buscado referência nos estúdios de cinema, já bastante avançados nessas tecnologias. A Warner Bros realizou o evento DC Fandome, assinado pelo criativo Jim Lee, utilizando a técnica combinada entre realidade e animação 3D, criando uma experiência virtual diferenciada. O modelo foi seguido pela ComicCon, que combinou realidades físicas e digitais misturando o painel de LED ao chroma key, relembra.
O executivo indica que alguns eventos estão agora experimentando esse mix de realidades adaptado ao formato híbrido. Através do uso da realidade expandida, por exemplo, os limites do espaço físico estão sendo cruzados.
“Eventos como o Worlds, a final do campeonato mundial de League of Legends, já utilizaram este recurso proporcionando uma incrível experiência para quem está em casa”, completa.
No Brasil, ainda é necessário ter muito hardware para fazer eventos como o Worlds.
“Mas aí é que entra a beleza da inovação. O entretenimento saiu na frente do mercado corporativo, as lives do ALOK e do Criolo têm sido consideradas as principais experiências de transmissão com realidade expandida. Já é possível criar experiências digitais com realidade expandida dispensando hardwares caríssimos”, enfatiza.
O departamento de inovação da MCI desenvolveu, por exemplo, o Cyber Meeting, uma tecnologia em parceria com a Class que permite aplicar palcos virtuais 3D para as transmissões de chroma-key, usando real time rendering, que oferece efeitos de câmera, animação digital 3, realidade expandida, trazendo mais dinamismo ao evento.
A nova tecnologia permite ainda galerias simultâneas interativas, teletransporte do speaker (palestrantes em formato holográfico) e integração com qualquer plataforma de transmissão, inclusive com os grandes serviços de web-conference.
O Cyber Meeting é uma tecnologia própria para o gerenciamento dos eventos digitais, que permite a MCI entregar diversas experiências aos eventos digitais de seus clientes como galerias virtuais, interatividade, conteúdos holográficos, inserções holográficas de palestrantes, e o efeito principal: a realidade estendida que permite cenários infinitos e eventos mais imersivos.
“Além disso, o Cyber resolve o problema da falta de qualidade na leitura de slides da maioria das transmissões tradicionais”, finaliza Ney Neto, que esteve à frente da pesquisa e desenvolvimento do produto, ao lado dos engenheiros da Class TechExperience.
Texto de Camila Barini – Be On Press