Número de empresas inadimplentes apresenta crescimento em Maio, na variação anual

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Cresceu o número de empresas inadimplentes no Brasil, de acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (NNDL).

O número de empresas com dívidas atrasadas registrou sua terceira aceleração no mês de Maio, com um aumento de 8,33% em comparação com mesmo mês do ano passado.

O registro é a maior alta desde Julho de 2013 e representa aceleração da inadimplência em relação aos números do início do ano quando o indicador oscilava em torno dos 6%. Com relação ao mês anterior teve elevação de 1,41% em Maio de 2015.

Em Maio o número de devedores cresceu em todas as faixas, como reflexo da queda da recuperação de crédito e da entrada de novos inadimplentes. O principal destaque do indicador são as empresas com dívidas em atraso entre 91 e 180 dias que cresceram 14,82%, além da alta anual de 13,89% verificada nas dívidas em atraso entre 3 e 5 anos.

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Em comparação a 2014 houve aumento em todas as regiões do Brasil, porém a maior parte das empresas devedoras estão concentradas no Sudeste, com 43,49% do total. Em segundo aparece o Nordeste com 19,43%.

O número de empresas devedoras também cresceu em todos os setores, mas o destaque ficou por conta do setor de Serviços, englobando Bancos e Financeiras com crescimento de 12,85. Em segundo foram as indústrias com aumento de 9,63%, seguido pelo Comércio com 7,53% e Agricultura com 4,08%.

Além do aumento no número de empresas inadimplentes, a aceleração atingiu também a quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, que foi a maior variação desde Agosto de 2013.

De acordo com especialistas, essa elevação da inadimplência das empresas é um reflexo da piora no cenário macroeconômico, que afeta a capacidade de pagamento das famílias e das empresas.

“O resultado reflete um cenário econômico com menor atividade da economia e maior restrição ao crédito, ambos fatores que afetam a capacidade de pagamento tanto das famílias como das empresas.” explica a Economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

 
Baixe a série histórica em: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

 

Fonte: CNDL / SPC Brasil