Painel Phygital indica que o híbrido será nova realidade para o mercado de eventos

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O novo é o híbrido. A tendência para o mercado de Eventos que deve ser cada vez mais explorada pelas marcas e se consolidar para os profissionais de um futuro próximo foi amplamente discutida no Painel Phygital, o bloco bônus oferecido pela AMPRO – Associação de Marketing Promocional no segundo dia do evento “O Live Marketing Pronto para Retomada”, no último dia 15 de julho.

Coordenado e mediado por Ney Neto, que foi presidente do capítulo brasileiro da MPI (Meeting Professionals International) e Diretor de Inovação da Campus Party, o bloco teve a participação de Igor Tobias, Managing Director Brasil MCI Group, Presidente da MPI Brazil e diretor do Comitê de Relações Sustentáveis da AMPRO; Vanessa Martin, consultora, autora e docente; Raffaelle Ceccere, Sócio Proprietário na R1 Soluções Audiovisuais; Lilian Ronchel, VP da Class TechExperience; e Rogério Miranda, sócio e CEO da Inteegra Tec.

Na oportunidade, Neto e seus convidados mostraram, ao vivo, como é possível de misturar os planos físico, virtual e digital, usando avatares inseridos numa espécie de second life e, ao mesmo tempo, interagir com os participantes que participaram da experiência presencial, no anfiteatro do WTC, e com quem estava acompanhando online.

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Ao cruzarem os mundos dos eventos, os profissionais conversaram sobre o novo normal, formatos híbridos, e sobre o momento de aceleração dos formatos virtuais para eventos e ações de Live Marketing. “O híbrido é o modelo da retomada. O online ganha força, fica, mas elimina fatores importantes para o trade, como o hotel, o restaurante, ou seja, um contexto maior que levar só informação”, afirmou Raffaelle Cecere.

Os especialistas deixaram claro que existem diferenças entre webmeetings, eventos online e eventos híbridos. “Uma reunião não pode ser encarada como um evento. Não tem roteiro, não abre um cronograma. Então esse painel vem para mostrar as possibilidades”, afirmou Ceccere. “Um evento, para ser híbrido, precisa ter plateia, mesmo que reduzida”, enfatizou Neto.

O céu é o limite

Em termos do uso de tecnologia, o céu é o limite, lembrou Lilian Ronchel, que acaba de realizar o primeiro casamento híbrido. “Nossa curva de aprendizagem com esse evento, com milhões de opções de interatividade, unindo vários continentes, dando um sentido emocional à cerimônia que é um casamento foi uma experiencia única”. Ela reforçou que o único bloqueio do mercado para a realização de mais eventos híbridos é o medo do novo. “Nos eventos presenciais, sempre trabalhamos com experiências no campo virtual, digital, instagramável, o cliente sempre quis fazer o digital e a rede social no presencial. Hoje, na impossibilidade do presencial, o cliente está pensando no físico. Mas temos que quebrar barreiras, o palco não é o mesmo, a interatividade pode ir além, patrocínios também, muitas atividades no evento presencial já eram digitais. Estamos numa curva de aprendizagem, novas possibilidades, interatividade e engajamento para o participante”, ressaltou.

“As tipologias de eventos estão sendo construídas a cada dia. Vivemos um cenário que vai dar muitas oportunidades, formato novo, empregos novos. Somos seres sociais, precisamos do contato humano, mas não dá para querermos que volte só o presencial. Ainda vamos precisar do virtual, por isso o híbrido vai estar forte”, afirmou Vanessa Martin.

Oportunidades profissionais e ROI

As oportunidades para os profissionais nos novos formatos também foram comentadas por Igor Tobias. “Já podemos identificar uma serie de qualidades nos profissionais que estão atuando nos eventos digitais que nem todos tinham. Inclui técnicas de TV, de digital, tanto na parte técnica quanto roteirização técnica, direção artística, produção digital, existe oportunidade gigante para produtores se especializarem e se diferenciarem no mercado. Sem falar na ciência de dados dentro dos eventos híbridos. Profissões do futuro dentro do nosso mercado”, lembrou o presidente da MPI.

Os novos formatos vão permitir, ainda, maior controle sobre os dados e ROI. “Quando disparamos um convite, temos como saber quanto tempo levou para confirmação, quantas comunicações, quantas coletas de informações e conseguimos tratar os dados de forma segura. Quando se entra num evento online ou híbrido, a rastreabilidade da navegação de cada participante, o que você cruza de informações e como devolve essas informações é muito relevante. Aqui temos stands virtuais, o organizador sabe quem entrou, por onde clicou e a interatividade. Essa base cruzada é riquíssima para a análise verdadeira de ROI”, lembrou Rogério Miranda.

Nos últimos dias 14 e 15 de julho, o evento híbrido da AMPRO teve a participação de 35 palestrantes e debatedores e transmissão ao vivo para cerca de 300 participantes inscritos de todo o país, que puderam ainda navegar por uma plataforma virtual de estandes, além de degustar, em suas casas, kits coffee break e happy hour enviados com apoio da Nestlé e da Heineken.

Texto de Camila Barini (Be on press)