Para Informa Marktes USA os eventos virtuais são um campo de testes para o futuro híbrido das exposições

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A pandemia do COVID-19 causou um grande impacto para a multinacional inglesa Informa. A crise causada pelo novo coronavirus forçou a maior organizadora de feiras do mundo a cancelar ou adiar mais de 450 eventos presenciais programados para o primeiro semestre em todo o planeta.

Como uma das alternativas, a companhia procurou soluções no campo digital para manter-se conectada com as comunidades de seus eventos. Em entrevista para a publicação Folio, o residente da Informa Markets nos Estados Unidos, Rick McConnell, contou sobre as estratégias adotadas pela empresa para atravessar este momento e apontou que “o apetite para as comunidades se conectarem on-line é tremendo. “Você não está viajando, portanto, sua capacidade de controlar sua agenda é um pouco melhor e seu desejo de se conectar e se conectar com profissionais do setor nunca acaba”.

A primeira solução foi investir em webinars. McConnell explica que a Informa está produzindo cerca de três vezes mais este tipo de ação, mas que eles são apenas um elemento de um espectro de produtos digitais que pode abranger ainda podcasts, vídeos e até experiências mais complexas e difíceis como as feiras virtuais em grande escala.

Além de manter ativa sua rede de expositores e visitantes, as experiências online estão sendo um campo fértil para formatar as bases para o caminho da indústria de exposições para o futuro, que a Informa acredita que se concentrará cada vez mais em eventos híbridos ao vivo e virtuais.

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“No futuro, o poder de combinar um evento ao vivo com uma melhor experiência virtual integrada é o que queremos. Assim que a poeira baixar, você terá uma conexão muito mais rica com a comunidade por meio de canais virtuais atuando em conjunto com um ótimo evento presencial, onde tudo culminará. É assim que os negócios serão administrados no futuro”, diz o executivo em entrevista a reportagem.

Para McConnell o custo é uma das vantagens do evento presencial. “Diferentemente das feiras presenciais, que muitas vezes podem custar milhares de dólares em inscrição, esses eventos virtuais são modelados principalmente com base na receita do patrocinador ou expositor”, aponta.

Os participantes pagam apenas uma taxa nominal para se inscrever – caso tenha – com a força estando presente na marca, na geração de leads e no potencial de proporcionar um maior retorno sobre os investimentos dos expositores quando combinados com eventos ao vivo no futuro.

Embora uma interação virtual não possa, em última análise, replicar o valor de uma conexão face-to-face, as habilidades dos organizadores para facilitar os negócios em um ambiente online estão ficando mais sofisticadas.

Uma tática que a Informa vem usando é coletar dados demográficos de participantes e expositores, incluindo os tipos de clientes ou produtos que eles procuram, como parte do processo de registro, para depois realizar combinações entre compradores e vendedores no evento virtual.

Outro benefício do “mercado virtual” é a flexibilidade na programação, permitindo que os eventos se espalhem por períodos mais longos e oferecendo também aos organizadores a capacidade de conectar comunidades ao longo do ano, e não apenas por um período de dois ou três dias.

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