Quase um ano após a declaração do estado de emergência, o Peru ainda não viu o retorno do setor de eventos corporativos, feiras, exposições e congressos.
Estima-se que existam mais de 100 mil empregos diretos gerados pelo setor, sendo que o impacto econômico direto gerado por eventos de negócios (congressos, fóruns, seminários etc.) é de US$ 1.8 bilhões.
Manuel Centeno, presidente da Associação de Feiras do Peru (AFEP), reconhece que a situação é complicada. No entanto, ele destacou que estão em negociações com alguns órgãos do governo e, embora haja avanços na coordenação, ainda não há nada de concreto para a volta.
“Temos um protocolo aprovado para o desenvolvimento de exposições, feiras e congressos, e há quatro semanas as autoridades da Minsa e Mincetur acompanharam uma feira modelo onde mostramos na prática a aplicação destes protocolos”, afirmou.
A partir desta visita, os ministérios elaboraram um relatório favorável à reativação do setor, considerando que estas atividades, desde que cumpram o protocolo e capacidade estabelecidos, são espaços seguros.
No entanto, a segunda onda fez com que o problema perdurasse.
O chefe da AFEP comentou que retomaram as reuniões nos últimos dias e ainda aguardam a resolução para sair com a reativação.
“Não precisa ser imediato, pode sair com 30 ou 45 dias de antecedência. Dizer, por exemplo, que a partir de abril podemos operar”, disse Centeno. Para o executivo o importante é ter uma previsibilidade para poder montar o calendário.
O porta-voz está ciente de que a reativação do setor não será imediata, e melhorará com o avanço da vacinação e da percepção de segurança das pessoas a nível nacional.
“Há atividades que podemos programar de junho a dezembro deste ano, pelo menos para não perder um segundo ano que seria catastrófico. Isso nos permitirá agendar para o próximo ano. Estimo que as grandes feiras serão retomadas no segundo semestre de 2022”, finaliza.