Pesquisa LIDE-FGV revela melhora do clima empresarial e da eficiência do governo federal

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 CEO do LIDE, Gustavo Ene, em Almoço-Debate LIDE (Foto: Fredy Uehara/Uehara Fotografia)

Após dois anos de acentuada queda, o índice de clima empresarial mensurado mensalmente pelo LIDE-FGV teve uma forte reação positiva na 114ª edição da pesquisa coordenada por Fernando Meirelles, presidente do LIDE Conteúdo e apresentada por Gustavo Ene, CEO do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. Realizada com 592 CEOs, presidentes e outros líderes empresariais presentes no Almoço-Debate realizado na última quinta-feira (16), na capital paulista, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o índice atingiu em maio 4,1 (ante 3,3 em abril, já na gestão do presidente interino Michel Temer, e frente à média de 2,2 obtida ao longo dos Almoços-Debates realizados em 2015). O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.

Esta edição da pesquisa também revela uma crescente melhora no índice de avaliação do governo federal. Para os executivos presentes no evento com o ministro Padilha, a eficiência gerencial dos governos obtiveram notas 3,9 para a esfera federal (em maio era 2,2, já com Temer na presidência interina, e em abril era 0,3, durante a gestão Dilma); 5,5 para estadual (no âmbito do Estado de São Paulo; em maio registrou 5,7) e 1,5 para a municipal (relativa à capital paulista, manteve-se estável ao índice do mês anterior).

O levantamento demonstra cautela em relação à retomada do crescimento econômico, a principal meta do governo interino, segundo o palestrante Padilha. Para 46% do empresariado, o Brasil somente voltará a crescer em 2018 (em abril, era 52%); 38% já em 2017 (32% no mês anterior), 10%, em 2019 (9% em abril); 3%, ainda neste ano (mesmo percentual do mês anterior); e para 3%, somente em 2020.

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Para 44% dos empresários, a situação atual dos negócios piorou (mesmo percentual de maio); para 41%, vai ficar igual (frente a 40% do mês anterior); e 15% disseram que haverá melhoras (ante 16% de maio). Em relação a contratações, 21% dos líderes empresariais pretendem empregar neste ano (em maio eram 16%); 52%, manter o quadro atual de empregos (percentual idêntico ao do mês anterior); e 27%, demitir (ante 32% de maio).

Entre os fatores que impedem o crescimento das empresas, em junho o Cenário Político (62%) mantém os altos percentuais registrados no mês anterior, seguido da Carga Tributária (21%) e Taxas de Juros (5%). Questionados sobre qual a área que o Brasil mais precisa melhorar, os empresários apontaram a Política (43%), seguida de Educação (27%), Infraestrutura (23%), Segurança (4%) e Saúde (3%). Apesar da melhora dos índices de avaliação do governo federal, o Cenário Político se mantém como o tema mais preocupante na atual conjuntura (92%), mesmo percentual registrado em maio e abril, seguido da Inflação (6%), Câmbio (2%) e Crise Internacional (1%).

Questionados sobre o prazo de eventual condenação de Dilma Rousseff pelo Senado Federal, 54% dos empresários acreditam que a presidente da República será condenada em até 60 dias e 42%, em até 120 dias. Somente 4% dos líderes empresariais acredita que a presidente afastada será absolvida.

Esta edição do Almoço-Debate LIDE contou com patrocínio de CISA TRADING, EMS, GOCIL, IBM, MAPFRE, MULTIPLAN, NELSON WILIANS ADVOGADOS e SAPORE.  Como fornecedores oficiais, as empresas AMIL, ANTILHAS, CDN COMUNICAÇÃO, DE LONGHI, ECCAPLAN, MISTRAL e VINCI e RODOBENS COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL. AMÉRICA ECONOMIA BRASIL, rádios ANTENA 1 e JOVEM PAN, jornal DCI, PR NEWSWIRE, revista e TV LIDE foram mídia partners do evento.

 

Fonte: LIDE