Este espaço muito bacana no Portal Radar será para falarmos principalmente de gestão de comunicação e a presença de mulheres nos negócios. Nesse primeiro texto, bem no mês de Março, não poderia deixar de trazer uma conversa sobre gestão e equidade de gêneros.
Mas não quero falar sobre os impactos positivos nos negócios que este primeiro passo para ter Diversidade nas empresas traz , porque isso já está seriamente difundido inclusive com pesquisas importantes apontando que diversos olhares e pensamentos tem mais poder de respostas e resultados, especialmente em gerar experiências incríveis nos Eventos e outras atividades de Live Marketing.
O que quero abordar hoje é o que tenho visto de passos práticos para apoiar os Gestores a iniciarem o processo, especialmente com a equidade de gênero.
E aqui fica meu pedido: Não seja um Gestor (a) que manda contratar alguém de fora ou chama o RH para mandar fazer algo a respeito desde que não tome seu tempo ou dos demais diretores. Uma hora isso vai aparecer, e é dinheiro, tempo e reputação perdidos.
Os modelos que eu vi darem mais certo nos clientes que visitei são 2 coisas realmente efetivas: um mapeamento da situação de equidade na empresa de verdade; e começam com a Liderança.
Sem esta visão alinhada do que se quer com Equidade, desde o Presidente a Gerentes, é inviável fazer qualquer trabalho de verdade, que não seja colocar várias mulheres para ocuparem lugares nas áreas (muitas vezes salários mais baratos), mas elas serem tão efetivas quando grandes vasos adornando o escritório.
Sendo assim, notei que os que tem mais resultados começaram com os Gestores, porque até a leitura do mapeamento pode ser diferente. Quanto será nossa meta de melhoria ? De que forma? Estas questões requerem alguns alinhamentos para funcionar em plano prático, sabemos disso.
A Deloitte fez uma pesquisa bacana (link abaixo) sobre os desafios do futuro e deu um nome para o tipo de Liderança de vai atender a estes desafios, que serão muito ligados a Equidade e Diversidade. Apesar do nome bonito – Liderança Inclusiva – resumiram a 6 características importantes, que são:
Compromisso: estarem genuinamente comprometidos com a diversidade e a inclusão porque esses objetivos se alinham aos seus valores pessoais e porque acreditam nos resultados a longo prazo.
Coragem: desafiar de alguma forma o status quo, e serem humildes sobre seus pontos fortes. Ter a coragem de falar sobre si mesmo e revelar , de uma maneira própria, suas próprias limitações.
Conhecimento do viés: ficar atento aos pontos cegos tanto das pessoas quanto da empresa e tentar se autoregular para ajudar a garantir o jogo limpo.
Curiosidade: ter uma mentalidade aberta, um desejo de entender como os outros veem e experimentam o mundo, e ter certa tolerância à ambiguidade.
Culturalmente Inteligente : serem confiantes e eficazes em interações transculturais.
Colaborativo: capacitar outros indivíduos, além de criar e alavancar o pensamento de diversos grupos de pessoas.
Claro que dificilmente você terá toda a liderança com todas essas características, mas ao menos terá que ter uma boa composição delas na cultura. Promovendo um alinhamento entre os Gestores e mapeando o cenário de equidade (e até diversidade) , já terá metade do caminho andado para traçar metas internas, e depois as externas que apoiem o posicionamento da empresa, se for o caso.
Aproveite o mês de Março, pois há muito conteúdo, capacitação (para RHs) e consultorias pequenas e grandes com programas que podem ajudar no processo. Quer dar um presente? Que tal reduzir o mimo e usar a verba para começar a promover equidade nos seus ambientes profissionais, com palestras, consultoria ou mentoria pontual, enfim, algumas ações de fato?
Tem exemplos de boas práticas, dúvidas ou sugestões sobre gestão em comunicação e presença feminina nos negócios ? Vamos adorar receber para gerar algumas conversas por aqui.
Pesquisa Deloitte (citada acima)
