Profissionais de eventos de Portugal prometem ações “mais incomodas” se seguirem ignorados por governo

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A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) planeja novos protestos caso o governo do país não acolha medidas para garantir a sobrevivência de funcionários e empresas do setor.

Entre as demandas estão apoio ao emprego, investimentos e incentivos fiscais para as empresas que estão sendo duramente afetadas pela paralisação do setor com a COVID-19.

“A verdade é que nos falta respostas para temas essenciais. Somos um setor que faturou centenas de milhões de euros em 2019. Só os nossos associados contribuíram com cerca de 140 milhões para a economia. E seguimos sem respostas”, defende o presidente da APSTE, Pedro Magalhães, no comunicado.

A APSTE já realizou reuniões no Ministério da Cultura, com o secretário de Estado do Comércio e Serviços e com a Secretária de Estado do Turismo. Mas nenhuma resolução foi concretizada.

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Para a associação a resposta aos efeitos da pandemia nas empresas de eventos deverá passar pela criação de um CAE especifico para o setor, pelo congelamento das amortizações durante o próximo ano ou a disponibilização de uma linha de crédito com um valor ajustado à dimensão do volume de empresas a operar e dos prejuízos já acumulados devido à pandemia.

Alguns protestos já foram realizados em Portugal durante a pandemia, no entanto a APSTE informou em comunicado que as próximas podem ser “mais incomodas” para o governo.

“Ainda temos algumas destas matérias em cima da mesa de negociações, mas caso não cheguemos a um desenlace que garanta a sobrevivência das nossas empresas não teremos outra opção a não ser avançar com novas ações de protesto que, desta vez, poderão ser mais incomodas”, frisa Pedro Magalhães.

A APSTE vê com agrado o apoio extraordinário à retomada progressiva, por via do Decreto-Lei 90/2020 de 19 Outubro, que permite acautelar os salários dos funcionários das empresas em situação de crise, até ao final de março de 2021, com ajuda do Estado. A organização também vê com bons olhos a extensão das moratórias até final de 2021, por via do Decreto-Lei 26/2020 de 16 de junho.

Outra medida comemorada pela associação foi o anúncio do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, em 22 de outubro, de que será disponibilizada uma linha de crédito no valor de 50 milhões de euros para microempresas de gestão de eventos.

Contudo, a APSTE considera que as medidas do Governo para apoiar os profissionais e as empresas do setor são insuficientes.