Três setores altamente ligados à indústria do couro – calçados, móveis e automóveis – têm no México um país de destaque mundial.
A nação é uma das dez maiores produtoras de autopeças do planeta e também uma das dez que mais produz calçados.
A partir de hoje (e até o dia 22 de outubro) o couro brasileiro estará presente na maior feira do México para a cadeia de materiais e tecnologia, a ANPIC, na cidade de Léon.
Os curtumes Courovale e OCM Best Brasil participam do evento com o apoio do Brazilian Leather, projeto de incentivo às exportações desenvolvido pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e a Apex-Brasil.
Haverá também na feira um estande exclusivo do Brazilian Leather, com informações sobre o potencial de fornecimento do Brasil e mostra de couros.
As importações de couros do México tiveram um período de estabilidade recente, na casa do US$ 1 bilhão anual sucessivamente, antes da pandemia.
É um indicativo do potencial de compra do país, como destaca Rogério Cunha, da Inteligência Comercial do CICB. “Estamos preparados para atender a essa demanda e, na ANPIC, estaremos ainda mais próximos do mercado e das pessoas que estão na indústria mexicana”, afirma.
Atualmente, o Brasil é o principal fornecedor de couros para o México (tem 31,3% de participação), seguido dos Estados Unidos (26,0%) e Itália (15,1%).
A ANPIC reúne, além de curtumes, toda a cadeia ligada ao fornecimento de materiais, especialmente para o setor da moda.
Entre os expositores há ainda indústrias químicas, equipamentos e componentes.
Os visitantes são compradores, designers e diretores de indústrias calçadistas, de vestuário, acessórios e do setor de curtimento, com um público que, segundo a organização do evento, pode chegar a mais de 9 mil pessoas.