O LIDE MULHER é um grupo formado por mulheres líderes em seus negócios, atentas às transformações nos perfis de liderança, tendências de mercado e fatores-chave para o desenvolvimento da economia brasileira.
E com o objetivo de sensibilizar líderes empresariais sobre os valores das características de liderança e gestão femininas, que atendem às novas tendências de mercado, promove seminários que estimulam o networking e a troca de informações entre mulheres em posições de liderança.
No dia 30 de outubro, quem esteve presente para contar um pouco da sua história foi Renata Abravanel.
Formada em Administração de Empresas, Renata Abravanel, filha caçula e sucessora de Silvio Santos no comando do grupo, tem como desafio consolidar um dos principais grupos de Comunicação da América Latina.
Ao concluir o curso de Administração Renata foi convidada para ingressar no grupo Silvio Santos. Segundo ela, relutou um pouco e propôs um período de experiência, mas acabou assumindo a tarefa de reposicionar o SBT nas plataformas digitais.
“Sempre soube que trabalharia nas empresas do meu pai, por isso abracei todas as oportunidades de aprendizado que tive”, afirmou Renata.
“É esse modelo que a gente quer multiplicar no Brasil. Trazer o equilíbrio do feminino para os negócios do nosso país”, diz Sônia Regina Hess de Souza, Presidente do LIDE MULHER.
Em 2010, com a fraude do Panamericano, a família passa a administrar os negócios. “Nessa ocasião comecei a assessorar meu pai”, declarou Renata. Desde então, o novo cenário corporativo trouxe desafios cada vez maiores.
Segundo ela, um dos melhores pontos das mudanças foi estar mais próxima do pai. “Poder aprender com ele é um privilégio”, declarou entusiasmada.
“Toda essa situação me fez ter certeza de que por trás de um grande homem existe uma grande mulher. Minha mãe (Iris Abravanel) é fundamental no sucesso de meu pai”, afirmou Renata.
“Ser filha do Silvio Santos não é fácil, sou sempre questionada sobre isso e respondo que pai é pai, cobra, dá bronca, educa e protege”, declarou. Renata afirmou ainda que na vida é preciso lidar com rótulos, e todo rótulo carrega um pouco de preconceito. “O fato de conviver com seis mulheres me obrigou a inovar, a concorrência dentro de casa me estimulou a ser o que sou hoje”, concluiu.
“Sonho por igualdade de oportunidades, quero que toda a população tenha acesso à saúde, educação, e que possa ter escolhas, assim como eu tenho”, concluiu Renata. Para ela, as empresas têm um papel fundamental nesse processo, seja por meio de geração de empregos ou na oferta de produtos de qualidade.
Para liderar uma equipe sênior, Renata afirma que o importante é ter bom senso. “Acredito muito na diversidade. A convivência com os mais velhos contribui com o aprendizado da nova geração”, finalizou. “Outro ponto importante é não parar de estudar, aprender. Quando achamos que sabemos de tudo, ficamos numa zona de conforto perigosa”, concluiu.
“Os “nãos” foram fundamentais para me tornar quem sou. É preciso ser resiliente, aprender a superar os obstáculos e fazer disto oportunidades”, declarou Renata, que, antes de entrar no Grupo Silvio Santos fez estágios nos Estados Unidos, cuja principal função, segundo ela, era colocar papel na impressora.
“No SBT nós tentamos passar valores que façam bem para quem nos acompanha. A TV é uma grande ferramenta para influenciar na cultura e desenvolvimento do País”, afirmou. “Enquanto que a Jequiti me permite aproximar de comunidades que vivem realidades bem diferentes da minha”, finalizou.
Ao final da palestra, Sônia Hess, presidente da DUDALINA e do LIDE Mulher, reforçou que o encontro é um networking único de mulheres que fazem a diferença no Brasil. “A presença da Renata a frente do Grupo foi fundamental para a implantação de um modelo de gestão inovador para empresa, e isso é inspirador”, declarou.
