As feiras de negócios estão de volta na Europa. França, Alemanha, Polônia, Turquia, e Itália são alguns países que realizaram eventos presenciais na primeira quinzena de setembro.
Mas mais que um importante retorno, as exposições comerciais que estão sendo relançadas com cautela na Europa representam um ensaio de para o que os atuais organizadores esperam que seja uma retomada mais ampla no ano seguinte.
México, Dubai, bem como diversos países Asiáticos são outras localidades que já puderam realizar suas feiras e descobrirem o que funciona – e o que não funciona – no tão falado “novo normal” que se aproxima. Por mais que as feiras tenham um padrão em sua realização, cada país tem suas particularidades de público, centros de exposições, empresas expositoras e etc. – com os organizadores precisando se adaptar a estas realidades.
A julgar pelas exposições que estão começando a acontecer, a pandemia causou modificações duradouras em um formato que se desenvolveu ao longo de muitos anos e os organizadores estão acelerando para adaptar as exposições e garantir sua sobrevivência em uma nova formatação.
As exposições deste ano na Europa, em sua maioria misturando área física com digital, provavelmente não alcançarão seus números de outros anos. Porém, os organizadores acreditam que elas são importantes para 2021, ano que deve contar com alguma normalidade financeira e suspensão de grande parte das restrições de viagem.
A IFA, principal feira de produtos eletrônicos fora dos Estados Unidos, abriu com uma exposição bem menor. Em 2019 cerca de 2.300 expositores e 600.000 pessoas compareceram ao evento realizado em Berlim. O modelo pós-lockdown contou com 150 startups, muitas delas pouco reconhecidas.
“Tivemos que reduzir e aprender o que vai funcionar. Não há nenhuma restrição por parte do governo federal para o ano seguinte. Esperamos poder reiniciar as grandes exposições no primeiro e no segundo trimestre”, comentou o Diretor Jens Heithecker, diretor da Messe Berlin, em uma entrevista ao The Wall Street Journal.
No Brasil o cenário segue nebuloso. A única certeza até o momento é que São Paulo, principal palco para a realização de feiras de negócios do Brasil, não tem permissão para realizar este tipo de evento até o início de novembro. Poucas feiras que sobreviverão ao terremoto da COVID-19 anunciaram eventos híbridos ainda para este ano. A torcida de todo o setor são para que elas realmente aconteçam, salvando o pouco que resta de 2020, o início do próximo ano, e indicando qual horizonte e formato a se seguir em 2021.