A medida que países ao redor do mundo começam a reabrir suas economias, a indústria de eventos parece ter despertado menos interesse. Eventos corporativos, como conferências e feiras de negócios, muitas vezes são agrupados com encontros em massa, passando a fazer parte da fase final de reabertura.
Na Índia, onde esse setor é responsável pelo emprego de 10 milhões de pessoas, não tem sido diferente. Todo o espectro de MICE (reuniões-incentivos-convenção-exposição) e de eventos de entretenimento, como concertos ao vivo, eventos esportivos, entre outros, seguem proibidos.
Para tentar reverter este quadro, a associação indiana do setor (Event and Entertainment Management Association – EEMA) assumiu o comando de reunir as partes interessadas da indústria de eventos para fornecer diretrizes locais claras e pressionar os governos a dar à indústria um plano para uma reabertura.
“A indústria de eventos, que crescia continuamente a uma taxa de dois dígitos, parou desde que a Covid-19 entrou na economia global. Com a declaração de desbloqueio 4.0, o governo permitiu que muitas indústrias retomassem seu trabalho, mas ainda alguns setores importantes, incluindo eventos, não foram autorizados a operar”, apontou Roshan Abbas, presidente da EMMA em webinar que reuniu mais de mil pessoas do setor.
Deste webinar surgiu dois encaminhamentos importantes. O primeiro foi a criação de um documento reunindo diretrizes para a reabertura dos eventos (clique aqui para ver o documento – em inglês). A produção deste documento foi realizada por uma força-tarefa e se tornará um ponto forte de comunicação entre o setor e o governo. Entre suas recomendações estão protocolos aprimorados relacionados à higienização, limpeza, gerenciamento de participantes, requisitos dos espaços de eventos e muito mais.
O segundo foi o início de uma campanha #OpenSafeEvents2SaveEvents, encorajando empresas e associações individuais e sindicatos a se unirem ao movimento como uma voz unificada para pressionar o governo a priorizar a reabertura da indústria de eventos para ajudar a indústria a sobreviver.
“Durante estes tempos difíceis, temos o prazer de ver a indústria organizada se unindo para abraçar os protocolos de segurança que protegem os empregadores, forças de trabalho e prestadores de serviços que trabalham na indústria de eventos. Esperamos resultados produtivos e construtivos a partir desses compromissos. Continuamos empenhados em buscar soluções para reconstruir a economia desse setor tão importante”, finalizo Roshan Abbas.