Sirha São Paulo aumenta em 34% o número de marcas e expositores

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O Sirha São Paulo encerrou sua primeira edição com resultados muito positivos. A versão brasileira do principal salão de food service e hotelaria no mundo recebeu 298 marcas e expositores – o número representa um crescimento de 34% em comparação com o da última edição do evento, no Rio de Janeiro, em 2016. Durante os três dias (14, 15 e 16 de março), 10.825 visitantes circularam pelo pavilhão 4 do São Paulo Expo. O público presente, composto por profissionais do setor, foi 8% maior do que na edição anterior.

O Sebrae, parceiro estratégico do Sirha São Paulo e realizador do Espaço Terroir Brasileiro – que reuniu produtores do ramo alimentício de todos os estados do país – fechou o evento com um total de 200 reuniões marcadas e uma estimativa de 3 milhões de negócios gerados para os próximos 12 meses.

Com os bons números e o sucesso na etapa nacional dos concursos de alta gastronomia, o Sirha São Paulo já está com data marcada na agenda de 2019. O salão abre as portas novamente de 27 a 29 de março do ano que vem.

Talentos do Gelato: iniciativa 100% brasileira

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Logo no primeiro dia, o Sirha São Paulo foi palco do concurso Talentos do Gelato – exclusividade da versão brasileira do evento. Com coordenação do mestre sorveteiro Frederico Samora, a disputa contou com três tipos de provas em que o gelato foi o ingrediente principal. As quatro duplas de gelatieres prepararam, ao vivo, durante cinco horas, cubas de sorvete e tortas geladas, além de uma entrada inusitada tratando-se de gelato: os finger food salgados.

A dupla vencedora foi a de Márcia Garbin e Augusto Melo, que apresentou o finger food de ostras frescas de Santa Catarina com sorbetto de limão cravo e pimenta biquinho, além da cuba de gelato de batida de maracujá e cachaça orgânica com alga spirulina e a torta Pérola de chocolate branco e cupuaçu sobre areia de castanha do Pará.

Copa da confeitaria premia nas categorias chocolate e açúcar

No seguinte,15 de março, a Coupe du Monde de la Pâtisserie – copa do mundo da confeitaria – elegeu dois vencedores: Marcone Calazans, na categoria açúcar, e Letícia Cruz, na categoria chocolate.  A dupla agora irá prosseguir no concurso rumo à Copa Maya, no México, no próximo mês.

Os chef confeiteiros do comitê – Rafael Barros, Phillipe Brye, Flavia Quaresma, Alexandre Augusto, Ramiro Bertassin, Tati Benazzi e Lu Neves – ficaram felizes com o desempenho de todos os candidatos. O júri foi composto por Lucas Corazza, Anna Paula Rezende, Amanda Selbach, Fábio Yamada, Lucas Liberatore, Cristina Bonadio e Edmara Ângelo. A cadeira de honra foi ocupada pelo francês Régis Ferey, considerado um dos maiores nomes da pâtisserie no mundo.

Bocuse d’Or elege seu vencedor na etapa nacional

No último dia do Sirha, 16 de março, foi realizada a etapa nacional do Bocuse d’Or, que escolheu Luiz Filipe de Azevedo e Souza (São Paulo – SP) para ser o representante do Brasil na fase continental do concurso, em abril no México. Pela vitória, ele faturou o equivalente a R$ 7 mil em barras de ouro. Já Ricardo Dornelles (Porto Alegre – RS), que levou o segundo lugar, recebeu R$ 3 mil e, para Danilo Nakamura, terceiro colocado, o prêmio foi de R$ 2 mil, todos em barras de ouro.

O júri responsável pela escolha contou com o chef Daniel Boulud como presidente de honra e Helena Rizzo (chef do restaurante Maní) como presidente. Os outros jurados foram Felipe Bronze, Thierry Buffeteau, Gabriel Matteuzzi, Emmanuel Bassoleil, Rodrigo Martins, Oscar Bosch, Ana Luiza Trajano, José Barattino, Bruno Rappel e Dayse Paparoto.

Toda a preparação dos candidatos foi comandada por Giovanna Grossi, presidente do comitê brasileiro do Bocuse d’Or e vencedora do concurso em outras edições no Brasil e no México. Para ajudá-la na tarefa, a alagoana convocou grandes nomes da cozinha, como Laurent Suaudeau, como Chef Conselheiro do Comitê Bocuse d’Or, Victor Vasconcellos – como vice-presidente do comitê –, além de Andrews Valentim, Bel Coelho, Onildo Rocha, Geovane Carneiro, Guga Rocha, Thomas Troisgros e Ivan Ralston.

Espaço para estudar e discutir assuntos do setor

No Lounge do Conhecimento, do Sebrae, o Sirha São Paulo contou com palestras sobre cervejas artesanais, tecnologia, competitividade, desafios, oportunidades e modelos inovadores de negócios no setor. Já no auditório CNC, o Segundo Seminário Senac Gastronomia – Saberes e Sabores: a hotelaria põe a mesa, os destaques foram sobre a valorização dos sabores da Serra da Mantiqueira, Food Styling e a importância da governança nos meios de hospedagem.

O Bar Sirha – novidade de 2018 – recebeu palestras como “Omotenashi”, em que Yasmin Yonashiro falou sobre a hospitalidade japonesa aplicada ao sakê; Luís Nascimento apresentou “Gim, a bola da vez”, Felipe Januzzi falou sobre destilados brasileiros e Kellly Stein apresentou “Caféstronomia – o café além da conta”. O espaço teve curadoria da consultora e sommelière Carolina Oda.

Samba in the Box: um hotel feito de contêineres

Uma das grandes inovações desta edição do Sirha foi a apresentação do hotel Samba in the Box, feito de 60 contêineres e 900m², uma concepção pioneira desenvolvida em parceria pela Samba Hotéis, Eurobras e Pokt Design + Arquitetura. O projeto levou ao público e aos possíveis investidores uma alternativa rápida e criativa para hospitalidade. Partiu-se do conceito que utiliza contêineres na produção de edificações residenciais, que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no mundo. Considerando a ideia de que hotéis são casas de caráter temporário, o projeto tem a intenção também de criar ambientes em que os hóspedes possam se sentir confortáveis e seguros, como no interior de seus lares. Para isso, foram escolhidas definições claras e objetivas para os espaços de circulação e permanência, com materiais de acabamento clássico, como madeiras e carpetes, aliando-os à novidade das paredes e forro de materiais não convencionais.