UBRAFE apresenta quais foram as principais discussões do CEO Weekend 2024

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A UBRAFE (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) acaba de realizar a segunda edição do CEO Weekend, reunindo mais de 40 CEOs e executivos do setor em Recife.

Além de seus associados, o evento organizado pela UBRAFE contou com representantes de outras associações setoriais como a ABRACE, a ABEOC e a ABRAPE.

O evento teve como foco central a “Eficiência das feiras de negócios” e debates sobre os principais desafios enfrentados pelo setor de feiras de negócios no pós-pandemia, com destaque para a sustentabilidade e o retorno sobre investimento (ROI).

O encontro também incluiu visitas técnicas em duas venues/recintos de Recife e reuniões exclusivas com os associados da entidade, durante os dois dias de evento.

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A segunda edição do CEO Weekend reafirmou o papel estratégico das feiras de negócios como alavanca econômica e de inovação no Brasil.

As discussões no encontro definiram os próximos passos do setor, como a criação de um comitê setorial para desenvolver ações que promovam eficiência operacional e práticas sustentáveis.

Ainda: definiu-se a colaboração entre diferentes Associações e Instituições para impulsionar a inovação e ampliar o impacto positivo das feiras de negócios no Brasil.

Sustentabilidade e ROI como Desafios Pós-Pandemia

A sustentabilidade é um tema recorrente nos encontros do CEO Weekend. Na primeira edição, realizado em 2023, foram definidos os “Compromissos do Campo dos Sonhos”.

Tratava-se de um conjunto de 12 iniciativas setoriais que direcionam diversos esforços para tornar os eventos com foco na geração de negócios neutros em CO2, compromissos esses que já estão em fase de implementação nos próximos meses e anos no setor.

Nessa segunda edição, as discussões sobre o ROI (Retorno sobre o Investimento) em eventos foram amplamente abordadas, tratando sobre a eficiência operacional e a capacidade e desafios das feiras de negócios gerarem valor econômico e sustentável.

Comitê Setorial para Otimização das Feiras 

Uma das principais resoluções do encontro foi a criação de um comitê setorial para propor e analisar ações e atividades relacionadas à eficiência das feiras. Entre elas:

– Regras para a montagem de estandes, com foco na montagem modular e reutilizável, definições de tempos ideais de montagem e desmontagem de eventos;

– Métricas mínimas para reutilização de materiais nas montagens dos eventos, visando minimizar o impacto ambiental.

Entre as principais conclusões ficou claro que esta iniciativa de ampliar e comprovar o ROI na realização de experiências imersivas presenciais para comunidades específicas de negócios não pode ser uma iniciativa isolada de uma associação setorial e sim das diversas associações que compõem o sistema expositor Brasileiro.

Além da UBRAFE, o comitê terá a participação de outras associações como:

– ABRACE, que congrega as empresas montadoras de stands e cenógrafos, a ABEOC, que reúne empresas organizadoras de congressos;

– ABRAPE, associação das empresas que organizam eventos relacionados à cultura e entretenimento, além de entidades como o Instituto Ethos e o Sindiprom/SP.

Benchmarking Internacional e a Agenda 2030

O CEO Weekend também destacou a importância do benchmarking internacional para aprimorar a eficiência dos eventos brasileiros.

Foram abordados temas como a gestão e organização de eventos, como um dos próximos passos definidos como necessários para inspirar e parametrizar as feiras de negócios no Brasil. 

Sistemas de montagem de eventos e as respectivas relações comerciais entre eles e os promotores de feiras e os recintos também serão foco de atenção nos próximos meses.

Em 2025 haverá uma extensa visita técnica das lideranças do setor à Expo Universal de Osaka, cujo tema será a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organizações das Nações Unidas (ONU) em eventos presenciais.

A Expo servirá como referência para que o setor brasileiro avance em direção à Agenda 2030 e aprimore a gestão sustentável dos eventos de negócios no país.

“Até 2050 cerca de 77% da população mundial viverá em áreas urbanas e os eventos presenciais são parte fundamental do desenvolvimento profissional dos participantes e das cidades que os recebem”, destaca Paulo Octávio Pereira de Almeida (P.O.), diretor executivo da UBRAFE.

“Desta forma tornar os eventos mais sustentáveis e eficientes faz parte da agenda de discussões encabeçada pela UBRAFE junto aos seus associados e as mais de 100 mil empresas que todos os anos participam das diversas feiras de negócios existentes no país como uma forma de alavancar negócios, alianças e inovação”, completa.

Integração com a Sociedade Civil e Governo

O encontro reforçou a necessidade de o Comitê Setorial trabalhar para ampliar o diálogo para além das associações setoriais.

Instituições da sociedade civil e órgãos governamentais, como o Instituto Lixo Zero, a ABNT e agências como a EMBRATUR e APEX foram apontadas como essenciais para fortalecer a sustentabilidade e a eficiência dos eventos em todo o Brasil.

Além disso, estados e cidades com destinos M.I.C.E. (Meetings, Incentives, Conferences, and Exhibitions) no Brasil serão incentivados a colaborar, por meio de suas Secretarias de Desenvolvimento Econômico, contribuindo para a promoção de destinos preparados para receber feiras de negócios e congressos.

Visitas Técnicas e Apoio Institucional 

Durante o evento, os participantes fizeram visitas técnicas ao recém-inaugurado Recife Expo Center (REC) e ao Pernambuco Centro de Convenções.

Estas venues são parceiras da UBRAFE e puderam demonstrar todo o potencial do destino M.I.C.E. no cenário nacional, para a realização de feiras e congressos nos mais diversos formatos.

“A criação do comitê setorial e as iniciativas de benchmarking internacional são alguns dos passos fundamentais para consolidar o Brasil como um dos principais polos globais de feiras e eventos”, afirma Paulo Ventura, presidente da UBRAFE.

“A UBRAFE segue comprometida em transformar o setor em um exemplo de sustentabilidade, promovendo eventos com alto retorno econômico, baixo impacto ambiental e participação da sociedade civil e governo”, finaliza.