O Vidas no Centro foi criado em abril de 2020 para reduzir os impactos da pandemia da Covid-19 na população que vive em vulnerabilidade social no centro da cidade. As estações oferecem a essas pessoas cabines de banho, sanitários e lavanderia sem qualquer custo.
Em março de 2021, o programa alcançou o sucesso de 1,5 milhão de atendimentos, melhorando a qualidade de vida e as condições da população de rua para o enfrentamento da pandemia.
Trazendo toda a sua expertise de grandes eventos, a São Paulo Turismo (SPTuris) conta com uma equipe diversificada para atender nas estações: são mais de 200 profissionais como agentes de limpeza, bombeiros, seguranças, agentes de manutenção, coordenadores e produtores.
“Por sermos uma empresa de eventos, e também por integrar a administração pública municipal, a SPTuris teve que se reinventar nesse momento de pandemia. Mas mais do que isso, nos foi dado um desafio maior que era integrar a linha de frente do combate à pandemia somando esforços com todas as secretarias municipais”, comenta Luiz Alvaro Salles, presidente da SPTuris.
Esses profissionais trabalham em esquema de revezamento para que esteja tudo em plena atividade durante 12h diárias, das 7h às 19h, atendendo a população.
De acordo com Salles, a experiência da agência oficial da Prefeitura de São Paulo de fomento ao turismo e realização de eventos foi importante para colocar de pé todo este trabalho.
“Temos muita experiência na gestão de eventos de grande porte. Nem falo do Carnaval, que é de Megaporte, mas também os eventos menores e até de pequeno porte. Foi um esforço grande esforço que, além de ajudar a população, fez com que pudéssemos manter um pouco do setor de eventos funcionando”, completa.
No projeto Vidas no Centro a SPTuris contou com o trabalho da MChecon para colocar tudo de pé.
Trabalhando na montagem do projeto um total de 157 profissionais, entre eles: limpeza, Produção, Gerador, Encanador, Elétrica, Montagem de tendas e chapas metálicas, Estrutura Tubular, Serralheiros, Marcenaria, Pintores, Tapeceiros, Arquiteto, Atendimento, Planejamento, Jurídico, RH e muitos outros terceirizados. Durante cerca de 200 horas ininterruptas.
Total construído:
SÉ – 2.228 m²
D. PEDRO – 1.650 m²
REPÚBLICA – 1.295 m²
PAISSANDU – 555 m²
J. PRESTES – 1.005m²
“É muito importante para nós do setor de eventos, grandes geradores de empregos e renda, entendermos que durante esta fase é preciso buscar novas alternativas de negócio. Toda a MChecon está muito orgulhosa em usar suas habilidades na montagem e operacionalização de eventos para uma causa tão nobre quanto essa”, afirma Marcelo Checon, CEO da MChecon.
Além do Vidas no Centro, a SPTuris também teve outro papel importante durante a pandemia. A agência municipal gerenciou os pontos de vacinação de drive thru no Memorial da América Latina, no Parque Villa-Lobos, na Arena Corinthians e outros pontos como o Autódromo de Interlagos.
“O setor de eventos tem uma importante característica que é de conseguir se reinventar rapidamente. É essa a força do setor que vem do profissional que tem de lidar com o imprevisto de planejar grandes ações e se modificar”, avalia Salles.
Infraestrutura
O Vidas no Centro conta com infraestrutura elaborada pela SPTuris e tem por objetivo oferecer um atendimento de qualidade ao usuário, desde o momento em que ele entra na estação, utiliza os equipamentos, até a sua saída.
Para isso, as cinco estações contam com:
- 126 cabines para banhos;
- 126 cabines para banheiros;
- 11 cabines PCD;
- 18 máquinas de lavar roupas;
- 18 máquinas secadoras de roupas;
- 216 armários;
- 7 geradores de energia.
Fluxo de atendimento:
- Ao chegar em uma estação do Vidas no Centro, o usuário aguarda o atendimento em uma fila externa, com distanciamento social;
- Quando chega a sua vez, ele é convidado pelo segurança a entrar e passar por uma triagem, na qual informa o seu nome, o tipo de atendimento que necessita (banho, sanitário, lavanderia) e recebe uma identificação;
- O usuário guarda seus objetos pessoais em um armário numerado e recebe um kit banho (sabonete líquido, xampu e toalha higienizada) ou papel higiênico, podendo assim, utilizar todas as instalações da estação;
- Após a utilização, os boxes/sanitários/máquinas de lavar e secar são higienizados;
- As estações possuem dois períodos de pausa para higienização geral e os horários são informados aos usuários na entrada;
- Todos os insumos chegam na estação instalada na Sé e são transportados às demais.
“Os números para o turismo de eventos estão muito longe de ser aqueles que estamos acostumados, mas existe essa preocupação do prefeito em relação à economia e a subsistência das pessoas na cidade. Existe uma tendência errada de entenderem o setor de eventos como o setor de festa. Este é um setor que envolve toda uma cadeia produtiva de valor, que gera empregos e movimenta a economia”, finaliza o presidente da SPTuris.