Zoo – 22/04/2019

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• A ideia parece digna de um roteiro assinado pelo cineasta americano Ridley Scott: Usar o dinheiro confiscado do narcotráfico para construir um muro na fronteira. Mas para consultores, o problema é encontrá-lo. O governo dos EUA estima que Joaquin “El Chapo” Guzmán tenha acumulado US$14 bilhões, mas o cálculo é uma sonhada estimativa. Na prática, o que restou não deve passar de US$1 bilhão. O dinheiro, se existir, está escondido ou já foi lavado. Críticos dizem que os recursos de criminosos aprendidos são cruciais para financiar investigações e treinamento policial e desviá-lo para a construção de um muro afetaria o sistema judicial. Detalhe: o senador bobalhão republicano Ted Cruz, do Texas, propôs um projeto de lei que pode ser a solução (sic!) para o muro tão sonhado por Trump. No Twitter, ele lançou a campanha idiota “Façam Chapo pagar o muro”. Sem palavras,,, Coisa de Carlos Bolsonaro.

• Dentro do Prazo de Validade: depois de assistir flashes pela televisão do que aconteceu na 8ª edição do “Droga”Palooza, considero realmente a humanidade cretina. Colocando em uma centrífuga toda aquela gente feia, histérica com músicos esganiçados gritando a pleno pulmões músicas inaudíveis (se é que aquilo é música) enquanto uma verdadeira fauna saltitante “viajava” ao ritmo licérgico. Podem conferir: não sai um Nelson Ned.

• No Sesc-Vila Mariana com grife cultural Abram Szajman, o espetáculo de dança Arquivo Negro-Passos Largos em Caminhos Estreitos, com a Cia. Pé no Mundo. A coluna sempre esclarecedora avisa que o título não se refere ao ex-governador Beto Richa, do Paraná. São momentos onde a ficção se mistura à realidade.

• Carol e Daniel Deleu Filho estão em Ilha Bela na Praia da Feiticeira neste final de semana.

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• Serviço de Utilidade Pública: vocês se lembram da CPMF? Pois é, estará de volta vestida com trajes Chanel e um pouco mais magra.

• O presidente de Israel, Reuven Rivlin criticou em alto e bom som a declaração catastrófica (mais uma gafe) do pueril presidente Bolsonaro, de que o Holocausto pode ser “perdoado, não esquecido”. De bate-pronto Rivlin rebateu de fora da área: “Nunca vamos perdoar e nunca vamos esquecer”. Bolsonaro é a versão de calças daquela personagem “Magda” do humorístico global que fez história na TV “Sai de Baixo”, onde a cada cretinice dita pela atriz Marisa Orth, que vivia o papel, vinha a frase que pairava no ar: “Cala boca, ªMagda!”

• O governador João Doria de São Paulo em um rompante de benemerência resolveu encomendar uma pesquisa para avaliar a possiblidade de uma mudança no nome do partido PSDB. Até acredito nas boas intenções seminaristas de João, acontece que não é preciso pesquisa nenhuma para saber que a sigla está falida em âmbito nacional. Com nomes do quilate de Beto Richa, Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira, Alberto Goldman, não é preciso ser muito esperto para sentir o fracasso total, sem contar com o fiasco nas urnas em 2018 e o encolhimento da bancada pela metade da Câmara, aliado ao pulsante nome do ex-governador “Santo” Alckmin, que admite que o partido nunca teve um código de ética, frase das mais contraditórias de onde partiu, visto que seu nominho está pautado em letras garrafais em neon na planilha de propinas da Odebrecht. Resta para João trocar a sigla pela placa: “Família- muda-se”…

• Vera e Alexandre Husni esticaram a semana no Rio, hóspedes no Copa.

• Um filme de cabeceira para casais unidos a mais de 20 anos, é a “A Nova Mulher”, produção francesa com o excelente ator Gerard Deppardieu, em exibição no Telecine Premium. Sem dúvida mostra em cores, que nem sempre a galinha do vizinho dá bom caldo.

• A cada semana surge através da mídia mais uma nova denúncia ou requentada contra o clã Bolsonaro. Desta feita, foi o vereador Carlos Bolsonaro que empregou em seu gabinete na Câmara Circense Municipal do Rio, mais um funcionário flex ligado ao ex-policial militar Fabrício Queiroz, pivô da crise envolvendo o irmão Flávio, por suspeita de captação ilícita de salário (mão grande) de senadores no período que foi assessor do ex-deputado na Alerj. Agora a “bola da vez” é Márcio Gerbatin, ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua enteada que atuava como motorista. Uma pergunta lúcida que não quer calar: a família Bolsonaro dentro das suas conhecidas limitações, só conhece a família Queiroz? Só pode ser! Empregaram Fabrício, mulher, filhas, ex-marido da mulher, irmão do ex-marido e até o cachorro Lúcifer, o simpático vira- lata. Um verdadeiro Samba do Crioulo Doido. Que coisinha pobre, digna de laje, funk e cerveja tendo como convidados milicianos.

• Mesa das concorridas no Olea Plaza durante o almoço dos executivos: Kadú Lopes ciceroneando amigos cariocas que passaram a Páscoa em São Paulo.

• Ainda na família: com a intervenção desastrosa de Bolsonaro na Petrobrás, que perdeu como todos sabem R$32 bilhões de seu valor de mercado, devido a sua incompreensão diante do reajuste de 5,75 do óleo diesel, se a inflação anual core abaixo de 5%. Ignorando que os preços dos derivados são determinados por cotações internacionais transformadas em reais pela cotação do câmbio. E no entanto, apenas neste começo de 2019, as cotações internacionais do petróleo disparam 30%. No apagar das luzes, mais uma vez, surge a frase voadora: “Cala a boca, Magda!”…